Um governo novo, de caras e ideias velhas.(I)

A nomeação do novo governo transbordou o copo e o desalento, é generalizado em todos os sectores da sociedade, pois era por demais evidente que muitos tinham atingido o seu prazo de validade e novo paradigma não se atingiria com quem tinha conseguido deteriorar ainda mais o que tinha encontrado péssimo.

Os ministros são auxiliares do poder executivo, mas são nomeados, para gerir e aplicar todo o seu saber na resolução dos problemas que o titular os julga capazes.

Todos sabemos que é humanamente possível, controlar tudo e todos com a eficácia necessária e os relatórios reflectem a amizade e interesses de quem os elabora.

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O homem não é nada mais do que d a educação, o conhecimento e o cumprimento das leis, faz dele e a educação marca uma Nação e constrói os alicerces com que se constroi o futuro do país.

O sistema EDUCACIONAL é um cancro com metástases ramificados em todos os sectores, que corroem os alicerces do país que se pretende caminhar para o desenvolvimento, auto-suficiência e estabilidade democrática.

Não se pode construir país com mais de 4milhoes de crianças fora do sistema escolar.

Não se pode pensar país com milhões de jovens a aumentarem todos os anos a longa lista de delinquentes, prostitutas e tóxico-dependentes por não conseguirem acesso ao médio e superior.

Não se pode pretender equidade quando o sistema privado de ensino, cobra preços exorbitantes, superiores ao salário mínimo do país para o ensino básico e quando os seus serviços se mantêm muitas vezes com benefícios fiscais, por muitos proprietários pertencerem a oligarquia do país.

Como se pode almejar país se responsáveis do sistema educacional público subsistem à custa de propinas para facilitação do ingresso e obtenção de diplomas?

Como se pode pensar desenvolvimento sem a abertura de instituto técnico-profissionais que especializem jovens nas mais diversas áreas do saber?

Como se pode florescer o país com professores mal-formados(a excepção confirma a regra) desmotivados, com salários miseráveis, sem benefícios fiscais subvencionados e a viverem com os problemas sociais comuns a toda a população?

Como se pode equacionar os problemas, se os filhos frequentam o ensino privado no básico, estudam o secundário no exterior, para depois frequentarem o superior beneficiando de bolsas de estudo, que deveriam beneficiar os mais necessitados e habilitados?

Um país não se constrói só com doutores que exibem o bacharelato, sem saberem redigir uma frase sem erros ortográficos e de síntese que a tornem entendível?

Proceder a composição de um novo governo saído de eleições onde foram inclusive equacionadas inúmeros problemas sem alterar a composição do sector dirigente em todos os níveis, alterando toda a metodologia de trabalho, dotando-o de autonomia financeira para melhoramento e apetrechamento das suas estruturas básicas, auditando com regularidades os trabalhos efectuados é um absurdo que ninguém pode concordar.

Só será possível implementar uma nova metodologia orgazicional, com responsabilidade, dedicação onde o mérito a nível da administração se suplante ao cartão partidário e as cunhas que corroem todas as nossas instituições.

Parafraseando Nelson Msndela:

“A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês se torna médica, que o filho de um mineiro pode chegar a chefe de mina, que um filho de trabalhadores rurais pode chegar a presidente de uma grande nação.”