Ontem, na cerimónia de investidura do Presidente da República João Lourenço e da Vice-Presidente da República Esperança da Costa, estive ao lado dos ministros Laborinho, Marcy Lopes, Ricardo de Abreu, Sílvia Lutucuta, Vera Daves de Sousa e outros. A maior parte dos jornalistas estava ali concentrada (defronte da tribuna).
O que mais me chamou atenção foi a simplicidade de lidar com os jornalistas e com o público em geral por parte do secretário de Estado da Comunicação Social Nuno Caldas. É um exemplo de relações humanas. Pessoa simples e de trato fácil. Ouve todo o mundo. Lutucuta e Eugénio Laborinho também mostraram simplicidade a lidar com as pessoas que passavam pelo local onde estavam sentados. E confesso que o ministro do Interior Eugénio Laborinho me surpreendeu pela positiva! Fala de "rebuçados e chocolates" mas mostra ser humano.
Na minha observação, percebi que Adão de Almeida e Marcy Lopes são os que mais mostraram distância (e até arrogância) na forma como trataram os jornalistas e as pessoas no geral. Marcy Lopes chegou ao ponto de praticamente empurrar um jornalista que se estava a aproximar demais dele e com tons pouco urbanos, sem respeito pela nossa classe.
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Adão de Almeida mostrou um desprezo pelas pessoas que não são do Executivo. Só cumprimentava os seus colegas! Muita vaidade e muitos "não me toques". Do estilo do "sabes quem eu sou?"!
O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, o general Francisco Furtado, foi outro que não colocava barreiras para quem se aproximasse a si. Uma pessoa educada e sem sinais de que tivesse o rei na barriga, apesar da função e pelo facto de ser um general com provas dadas.
Faço deste desabafo porque noto que há ministros que ainda não perceberam que só perdem quando distratam jornalistas e o público em geral.
O papel do ministro é servir. Quem serve tem de lidar com as pessoas até para medir a pulsação do seu desempenho.
Aliás, a palavra "ministro" deriva do latim "minister" (de minus, menor), que indicava genericamente uma pessoa subordinada a outra, a qual era o magister (mestre, de magis, maior).
O "ministro" surgiu para servir.
Não é normal vermos um MPLA a ganhar praticamente à tangente nestas eleições e ainda assim vermos sinais de arrogância e de isolamento por parte de quem devia estar mais preocupado com os resultados do seu trabalho. Não sei quem disse aos senhores Adão de Almeida e Marcy Lopes que são "estrelas intocáveis"! Não são (pelo menos, para mim)!
O perfil dos responsáveis do novo Executivo deve, na minha óptica, mostrar os que têm também capacidade de aproximação com os governados para ouvir as preocupações dos cidadãos e não o contrário. Já me faz lembrar a senhora Anabela Dinis, da Direcção de Cidadania do MPLA (onde anda a senhora?). Anabela Dinis fazia isso, mesmo quando estava na JMPLA. Onde é que "atiraram" a senhora?
João Lourenço precisa de escolher pessoas com o espírito de servir as populações; responder aos anseios dos governados e não apenas ter como referência o "título académico" dos auxiliares do TPE. Às vezes alguém que nem tanta formação tem pode governar melhor, pode servir melhor.
As vaidades dos "doutorismos" no seio do Executivo precisam de ter um fim imediato, sob pena de o MPLA descarrilar em 2027.
Carlos Alberto (Jornalista e Director do Portal "A DENÚNCIA")
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