O Tribunal Provincial de Luanda, devolveu esta semana, a liberdade do cidadão José Massango Catumbo, 28 anos, que se encontrava há mais de sete anos preso na cadeia central de Luanda, sem que tivesse cometido algum crime. Catumbo foi preso a mando de um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC) que o acusou de ter partido o pisca da sua viatura.
Natural na província do Bié, José Massango Catumbo exercia atividade de moto-taxi, em Luanda, para onde se mudou, quando contava 21 anos. Por conta desta sua atividade, o mesmo enviava dinheiro para ajudar o sustento dos seus progenitores no interior do país.
A má sorte bateu-lhe a porta, aos 3 de Março de 2015, quando circulava com a sua motorizada nos arredores do supermercado do “Alimenta Angola”, no município de Viana, e bate contra a viatura de um enfurecido cidadão que ao descer do carro apontou-lhe com uma arma de fogo acusando-lhe de ter danificado o pista do seu móvel. O cidadão armado apresentou-se como sendo oficial do SIC.
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No momento do acidente, José Massango Catumbo, implorou dizendo que iria pagar mas o oficial do SIC, respondeu dizendo que o mesmo não tinha condições de reparar os dados causados na viatura. Catumbo foi algemado, colocado no porta-bagagem e transportando para uma esquadra da Polícia nos arredores do no aeroporto internacional.
Na esquadra da Polícia, o oficial do SIC baixou instruções de que José Massango Catumbo, iria ficar preso nesta esquadra até as suas orientações superiores. Ao Club-K, José Catumbo, contou que ficou ai preso durante três meses até ser transferido para a data em que foi transferido para a Cadeia central de Luanda, onde ficou preso durante sete anos sem culpa formada.
José Massango Catumbo, foi descoberto no seguimento de um trabalho de auscultação de uma equipa conjunto da PGR e da Provedoria de Justiça de Angola (PJA) que durante os últimos meses andaram a ouvir presos que se encontram em excesso de prisão preventiva nas cadeias de Luanda. Aos 13 de Julho de 2022, foi-lhe emitido um mandado de soltura provisória, ordenado pela juíza Josefina Gomes da 17 sessão da sala dos crimes comuns do Tribunal da Comarca de Luanda, determinando que se apresentasse semanalmente nesta instituição.
Nesta terça-feira, 20, José Massango Catumbo, foi levado para ser ouvido pela juíza e esta, por sua vez, disse-lhe que não sabia o que dizer senão ordenar que o mesmo regressasse a casa, já que não constava contra o mesmo, nenhum crime. O cidadão José Massango Catumbo, ficou sete anos como “preso privado” de um oficial do SIC que o prendeu e esqueceu dele na prisão.
Sem família em Luanda, José Massango Catumbo, acredita que os seus país devem pensar que o mesmo já não se encontra no mundo dos vivos, visto que já não se comunicam durante este tempo todo que andou na prisão. Sem abrigado e sem local, para onde ir, Catumbo, deseja apenas regressar a província do Bié dentro de dias.
Club-K
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