António Venâncio diz ter tomado conhecimento da existência de uma lista contendo nomes de militantes do MPLA que não votaram em João Lourenço.
Confira a publicação de António Venâncio, o homem que tentou concorrer á presidência do MPLA contra João Lourenço no V Congresso Ordinária do MPLA.
Tomei conhecimento da existência de uma listagem contendo nomes de militantes, jornalistas e cidadãos notáveis da sociedade que não votaram no MPLA, lista elaborada por um funcionário com elevadas responsabilidades no país.
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Sob alegação de não terem votado no MPLA o autor propõem, em bom português mas dissimulado, a tomada de medidas contra os mesmos claro, subentendidamente, a retaliação correspondente não descurando, como se deduzirá, o seu abate físico, o isolamento ou a perseguição.
O MPLA registou, na sua longa e gloriosa história, um único caso de perseguição e eliminação de militantes de opinião contrária. O fenomeno é hoje conhecido como "27 de Maio", aliás, corajosamente já reconhecido pela direcção na voz pessoal do Presidente do partido João Lourenço.
Mesmo regressando à nossa história, para o cargo de Presidente do MPLA, Viriato da Cruz, em 1962, apresentou sua lista e Agostinho Neto outra, a sua, tendo vencido a de Neto.
Por este facto, não foi elaborada qualquer listagem para o abate, eliminação fisica ou isolamento dos outros. O partido soube manter a sua coesão na luta pela independência. Os fuzilamemtos q mais tarde aconteceram, com Matias e José Miguel, ocorreram sim, mas por outras razões ligadas ao regime de punição do regulamento militar por outros motivos, q são alheios à livre manifestação de opinião, naquela Primeira Conferência Nacional do MPLA em Leopoldville, noutras reuniôes ou eleições.
O MPLA, portanto, tem como registo sangrento e sinistro apenas o 27 de Maio de 1977. Nunca mais tal fenomeno ocorreu.
A tentativa de reediçao de mais um caso 27, levaria à total desagregação do nosso partido e o afastamento de muitos bons militantes.
Os estatutos do MPLA conferem aos membros liberdade alargada, não só para se exprmirem, mas também para exercerem seu direito de voto com toda a liberdade de consciência.
É muito importante q o nosso partido se mantenha unido e forte, coeso e fiel ao nobre ideário prometido ao nosso povo desde a sua gênesis.
Quando um alto funcionário com elevadas responsabilidades se propõe a divulgar nomes e abraça o incitamento à violência, está lançado um péssimo sinal de intolerancia interna, que pode trazer a desagregação completa do nosso partido, ao invés da sua democratização e fortalecimento.
O Presidente do MPLA João Lourenço, deverá agora impor maior rigor na vigilância necessária para que pessoas bem colocadas não se atrevam a perseguir militantes e figuras importantes da sociedade civil angolana, sob o pretexto de não terem votado como eles desejavam que fosse.
Ao autor daquela listagem -, sei q disfarçado num fitìcio nome e apelido -, recomendo reler o segundo parágrafo da brilhante Alocução de Agostinho Neto na Primeira Conferência Nacional do MPLA em Leopoldville, 1962, onde enfatiza o amor ao país em primazia, e que pare de armar-se em mais "empelá" que os outros.
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