BB JÁ NÃO É O «PRIMEIRO» DE LUANDA



O slogan partidário «JÁ ESTÁ», que ele tanto ecoou pelos comícios e praças de Luanda e arredores, assentou-lhe como uma luva. Quando assustou, o «camarada» já não era o primeiro secretário provincial do MPLA de Luanda. 

O homem, que tinha sido resgatado após uma longa travessia no «deserto do esquecimento» para inverter a tendência do voto na maior praça eleitoral, foi «cuspido»  do cargo. Sem apelo nem agravo! O afastamento só pode ser interpretado como punição pelo mau resultado obtido em Luanda onde, verdade seja dita, ele pouco ou nada podia fazer para contrariar os protestos ostensivos e às raivas surdas de descontentamento popular.  



Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


Conhecido pelos seus hábeis exercícios de contorcionismo político e de exímio dançarino foi pela boca dele que o país ficou a conhecer que estava em marcha um populista e eleitoralista projecto de quebra dos preços da Cesta Básica que culminaria na tal «Reserva Estratégica Alimentar». Foram dele as palavras e as juras de que os preços dos alimentos deveriam cair. E como caíram para «agradar a maralha» diria o conceitado músico e compositor Paulo Flores.

No auge da campanha eleitoral, no passado mês de Junho, escrevi sobre BB o seguinte: «De concha na mão, de musseque em musseque, o 1.º secretário do MPLA de Luanda esmera-se em distribuir sopas aos descamisados. Visivelmente emocionado, o político não se fica pelas sopas, oferece, de quando em vez, bens materiais aos potenciais votantes e promete-lhes uma vida melhor.

 Atrás de si um batalhão de homens da imprensa radiofónica, televisiva e escrita que se acotovelam à procura do melhor ângulo para as suas reportagens. É necessário que o país e o mundo saibam que há um partido em Angola seriamente empenhado em forrar os estômagos dos pobres nesta fase de campanha pré-eleitoral.   

Nenhum dos presentes que ostentam o rótulo de jornalistas dá-se ao trabalho de perguntar aos pobres porquê eles passam fome, se têm o dia da refeição ou a refeição do dia, limitando-se a enaltecer os feitos do político «filantrópico» que, pelos vistos, terá usurpado as competências ao organismo governamental afim; Não lhes perturba minimamente a consciência que a sopa que forra o estômago dos pobres esteja apimentada com selo de propaganda partidária».


 Ilídio Manuel




Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

Postar um comentário

0 Comentários