Numa entrevista ao Jornal EXPRESSO, conduzida por Rui Filipe Ramos , em março de 1991, a partir da Costa do Marfim, o falecido líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi, foi questionado se iria candidatar-se as eleições com uma mensagem diferente da de JES, tendo respondido o seguinte “É um adversário meu, e não um inimigo. No dia em que tivermos multipartidarismo não vou poupa-lo. E espero que ele não me poupe – é por isso que vamos combater.”
Igualmente questionado sobre o porque tratavam JES por nomes como “são tomense”, “caudilho-mor”, ou se admitia que era um insulto, o velho respondeu “com certeza. Eles negaram nos a condição de angolanos e no entanto somos angolanos mais genuínos do que Eduardo dos Santos”. Desafiado a explicar o que era angolano genuíno, respondeu “é o que nasceu, cresceu e tem geração em Angola. Mas não vamos insistir no são tomense, porque o novo Presidente de S Tome, Miguel Trovoada, é um grande amigo meu. Quando chegar a Jamba vou dizer que ‘ísso acabou”. Continuaremos a chamar Eduardo dos Santos caudilho-mor. Tenho muita pena mas caudilho é”
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Sobre o porque a radio Vorgan chamava as novas formacoes por partidecos, o velho guerrilheiro, respondeu “Eu não lhes chamo partidecos. Reconhecemos o valor dos partidos . mas há indivíduos a criar confusão. Ainda não existe a lei para criação de partidos e já falam na Radio de Luanda. Esses partidos são o MPLA camufluados. ”
Na entrevista fala igualmente sobre divisões no MPLA, inclusive sobre a prisão de um comandante da Marinha. As suas declarações revelava que tinha informações de tudo que acontecia no regime. Parece até que na UNITA havia uma direção nos serviços de inteligência que se informava sobre tudo que acontecia no regime, tal como tem a Korea do Sul para com a sua irmão do Norte.
José Gama
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