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UNIÃO EUROPEIA NÃO RECONHECE RESULTADOS ANUNCIADOS PELA CNE



Ao invés disso, numa Declaração tornada pública hoje, 29.08.2022 em Luanda na pessoa do seu Porta-voz às Eleições Gerais em Angola, a União Europeia exorta as partes, nomeadamente o MPLA e a UNITA, a permanecerem na senda do diálogo. Embora reconheça que as eleições, entenda-se ato eleitoral, tenha sido conduzido “num ambiente pacífico”, aquela organização continental que congrega 27 países, mostra-se entretanto solidária e ciente com as queixas da oposição e da sociedade civil sobre “algumas deficiências no processo eleitoral e convida as partes interessadas a utilizarem todas as vias legais de recurso para responder às suas preocupações. Insta as autoridades eleitorais a fazerem todos os esforços possíveis para lhes dar resposta de uma forma justa e transparente”, fim de citação.


Chamado a comentar o que em termos práticos representa o conteúdo desta declaração, o jornalista e analista político Carlos André, especialista em assuntos europeus, esclareceu: “No sábado passado, seguimos as declarações, diria eu viciadas de observadores africanos, cujo formato clássico e caduco apenas varia no nome do país e na denominação da comissão de eleições, de resto é tudo igual, há mais de 50 anos. Todos dizem taxativamente o mesmo: notamos algumas irregularidades, mas as eleições foram livres, transparentes e justas”, disse.




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Indagado sobre o que difere a reação africana da europeia, André salientou; “Aqui na declaração dos europeus, notamos um pouco mais de pragmatismo ao exortarem as partes ao diálogo, ao pedirem expressamente a CNE a atender as reclamações dos concorrentes, no caso concreto da UNITA, isso em si mostra que a União Europeia não reconhece o veredicto da CNE que declara o MPLA vencedor, sem antes ter atendido as reclamações de outros concorrentes. Nessa conformidade, nem mesmo Portugal, antigo poder colonial e até certo ponto submisso ao regime de Luanda, estará em condições de o fazer, pois tratar-se da observação europeia, portanto supranacional e por isso sua decisão deve ser respeitada por todos os membros”, concluiu o também académico.

 

Na sua declaração, que difere profundamente de quase todos outros grupos de observadores estrangeiros presentes em Angola, a União Europeia, “encoraja um diálogo aberto, construtivo e inclusivo entre o Governo de Angola, os partidos políticos da oposição e a sociedade civil e reconhece as expressões pacíficas de opinião como essenciais para a democracia”, diz o documento.

 

Eis aqui uma vez o enquadramento político de Carlos Alberto: “Quando se fala aqui de sociedade civil, está-se a referir praticamente ao aturado sério trabalho prestado, entre outros pelo Movimento Mudei, que muito capaz e profissional, paciente e responsável, fizeram uma contagem paralela tão real e precisa, que nem mesmo na Europa, nas condições e meios de trabalho e recursos humanos limitados, poderiam lograr. E isso para não falarmos das sondagens igualmente tão precisas desenvolvida por este movimento, bem como por outras iniciativas como o Afrobarómetro e a Angobarómetro, cujos resultados coincidem quase que á perfeição”, concluiu.

 

Visto que e como se soe dizer, o seguro morreu de velho, a União Europeia afirma na sua declaração esperar trabalhar com “autoridades eleitas assim que o processo eleitoral esteja concluído, a fim de reforçar ainda mais a parceria UE-Angola", conclui a Declaração.



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