Este senhor foi o grande vencedor das Eleições Gerais de 2022 mesmo que não tenha chegado à Cidade Alta. E é bom que os seus tenham isso em atenção antes de pulverizarem a UNITA em dissidências mesquinhas. E tempo é de vitória e de glória.
Nos últimos meses de 2017, algures, entrevistei Adalberto Costa Júnior, a quem perguntei: 'vai candidatar-se à liderança da UNITA', e Adalberto, com aquele seu jeito de mãos que não param quietas, respondeu: 'não, não, ah e tal a família...', mas olhando bem, na testa tinha escrito: 'preparei-me uma vida inteira para isso, não quero outra coisa'. E sorrimos um para o outro. Ao deixar o edifício da Maianga disse ao fotógrafo que me acompanhava: 'o Adalberto vai candidatar-se à liderança da UNITA'. O óbvio tirou-me qualquer mérito.
De lá para cá, Adalberto fez o caminho das pedras, passou por tudo. Soube lidar e contornar todas as dificuldades internas, e a UNITA ajudou-o a lidar com as dificuldades externas. E foram tantas e tão premeditadas.
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Um ataque sem freios ao seu carácter, que passou por bigamia e pedofilia; a questão da dupla nacionalidade (mal gerida); a questão da licenciatura (mal gerida); os dissidentes fantasmas (e vamos poupar a memória de um deles); as queixas para o Constitucional; a anulação do congresso cerca de um ano depois, a reeleição em menos de dois anos (não estou a fazer as contas mas é mais ou menos isto).
Enfim, Adalberto teve a UNITA com ele e o mundo contra ele, e Adalberto venceu, a UNITA venceu.E arriscou ao congregar na UNITA a Frente Patriótica Unida, e a pressão foi muita, as clientelas partidárias são exigentes, verem os de fora ocupar o lugar dos de dentro não é fácil, mas Adalberto teve a intuição certa, por tudo, e porque contas feitas veja-se a diferença que faz 'o mano Abel', mais agastado ou menos agastado - na dúvida temos os resultados da CASA-CE.
E é também de aplaudir a generosidade e a humildade de Abel e de Justino e de Filomeno, que decidiram anular os seus egos, em especial Chivukuvuku, num projecto comum. E não me venham dizer que foi também uma questão de sobrevivência. Tudo na vida é uma questão de sobrevivência, mas a maneira como decidimos sobreviver também nos define.
Por tudo isto, as eleições foram de facto a festa da (imperfeita) democracia, com mais ou menos acordos implícitos - e na dúvida, é ouvir ou ler D. José Manuel Imbamba - e assim deve continuar a ser. Também porque há um cadáver esquecido a que convém devolver a dignidade.
Há dois vencedores inequívocos, com actas ou sem actas síntese: João Lourenço e Adalberto Costa Júnior e a UNITA teve o melhor resultado nas urnas de sempre.
Gostei muito de acompanhar este percurso, de uns e de outros, foi, de facto, apaixonante.
Agora só falta a TPA ganhar juízo. (e eu também ;) e por aqui me fico, acho...)
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