Face aos banhos de multidões que os comícios da UNITA vêm recebendo um pouco por todo o país, no âmbito da campanha visando as eleições de 24 próximo, o MPLA decidiu sacar o “Ás de Trunfo” para desfazer o que parece ser um empate técnico em matéria de popularidade no jogo eleitoral, em Luanda.
A “carta” tirada da manga é nada mais, nada menos que Bento Kangamba que até há pouco tempo estava fora do jogo, possivelmente devido à sua ligação ao falecido presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos.
Dados disponibilizados por fonte integrante de um grupo técnico dos “camaradas” que acompanha a tendência de voto em todo o país, indicam que o estilo algo excessivamente populista do primeiro secretário do MPLA em Luanda, Bento Bento, rendeu algumas antipatias ao partido junto de algumas franjas das populações mais pobres.
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Por este motivo e principalmente porque a penetração nas bases é algo deficiente, na última terça-feira, 9 de Agosto, o presidente João Lourenço orientou o secretário-geral a reunir-se com a Comissão Executiva do Comité Provincial do MPLA em Luanda, no sentido de imprimir maior dinamismo à campanha do “Maioritário” na capital.
Na sequência, no mesmo dia, realizaram-se duas reuniões na Vila Alice durante a qual foram tomadas decisões, a fim de tornar mais fortes as “investidas” do MPLA na capital do país, a principal praça eleitoral. Os encontros concluíram que para atingir a meta da vitória é necessário ir buscar “cartas” que estavam fora do “baralho” para desequilibrar o jogo a seu favor. Uma dessas “cartas” é Higino Carneiro, recentemente ilibado de um processo judicial por corrupção. Outro é Nelson Funete, segundo secretário do MPLA em Luanda, todos instruídos a “caçar” votos nos centros de maior concentração de pessoas, principalmente nos mercados informais e zonas suburbanas da cidade.
Mas o “Ás de Trunfo” do baralho do MPLA em Luanda é Bento Kangamba, que ainda na tarde de terça-feira, 9 de Agosto, entrou em campo para influenciar eleitores a votarem no MPLA. Acto contínuo, o “Homem do Palanca”, um “cabo eleitoral” que já influenciou muitos indecisos e até alguns votos certos da Oposição em campanhas anteriores, foi chamado de emergência do exterior do país, onde estava de férias, para integrar a “equipa do terreno”, uma vez que é voz corrente no MPLA que todos são poucos para uma empreitada desta dimensão.
O “ataque” inicial de Bento Kangamba aconteceu no popular mercado de Katinton, situado no bairro Rocha Pinto, em Luanda, onde todos os dias acorrem milhares de pessoas, entre vendedores (principalmente do género feminino), compradores, roboteiros, taxistas e moto-taxistas, estes últimos geralmente conotados com a UNITA, devido à sua origem étnica, radicada maioritariamente na província de Benguela.
Naquele que é um dos maiores mercados informais do país, Bento Kangamba foi imediatamente reconhecido e aclamado por milhares de populares, com quem interagiu, pedindo o voto para o 8, ou seja, para o MPLA. Por entre abraços, saudações, kwatas e sorrisos, este membro do CC dos “camaradas” esteve no local por aproximadamente duas horas, período em que conversou com centenas de eleitores, aproveitando também para oferecer material de propaganda.
Palavras como “saudades” ou afirmações como “agora, sim, podemos votar no MPLA” foram as mais ouvidas, conforme testemunha o vídeo que acompanha esta matéria.
Fonte do Lil Pasta News assegurou que desse modo, Bento Kangamba protagonizou na presente campanha a maior incursão feita por um político ou activista do MPLA num “corpo-a-corpo”, que pode ter rendido importantes votos. O chamado “empresário da Juventude” disse à nossa fonte que confia numa “retumbante vitória” em Luanda, prometendo dar o melhor de si, fazendo o que melhor sabe fazer: cativar simpatias.
O Lil Pasta News sabe também que, a sensivelmente duas semanas do fim da campanha eleitoral, além de Luanda, Bento Kangamba pode também ser enviado ao Leste do país, sua “zona de conforto”, a fim de dialogar e caçar votos nas Lundas (Norte de Sul) e no Moxico.
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
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