A antiga juíza do Tribunal Constitucional Luzia Bebiana de Almeida Sebastião “Gi”, apresentou uma queixa junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), contra a acadêmica Maria Luísa Perdigão Abrantes “Milucha”, depois desta a ter citado de forma inapropriada no recém lançado livro de memórias "Uma Vida de Luta. Estórias esquecidas da história”.
Na referida publicação Luzia Sebastião é acusada de delação e de ter ordenado a prisão da autora no decurso da “caça às bruxas” ocorridas durante e depois do “27 de Maio de 1977”, uma versão que “Milucha”, já vinha repetido em outros fóruns públicos.
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“Quero ver a coragem e a boca da Gi (Luzia Sebastião), que gritou para mim no corredor do Ministério da Defesa quando me fui entregar: “Fui eu que te mandei buscar!”. Como é que uma Directora das Escolas Primárias, que não era militar, mas professora, não militar no tal “maqui”, tinha poder para mandar prender? Mas mandou! Eu fui uma delas. Estes estavam lá porque eu vi! Por isso, mesmo não sendo militar, ofereceram-lhe uma patente militar e ela exigiu outra mais elevada e assim foi feito?”, escreveu, Maria Luísa Abrantes, num artigo intitulado “A falsa Vontade de Reconciliação”, publicado pelo “Jornal Kwanza” em Junho de 2020.
Na altura, a juíza-conselheira jubilada do Tribunal Constitucional foi questionado pelo jornal se gostaria ou não de comentar a responsabilidade que lhe é assacada por Maria Luís Abrantes (Milucha), mas limitou-se a responder nos seguintes termos: “Infelizmente, não. Muito obrigada pela atenção”.
Este ano, terá sido o conteúdo do livro de “Milucha” que aprofundou mais o assunto e com mais detalhes, que levou a juíza Luzia Sebastião, recorrer a justiça resultando na abertura do processo 9140/020-02. Segundo documentos em posse do Club-K, a jurista “Milucha” Abrantes, deverá ser ouvida por uma investigadora do SIC, Ermelinda Junior.
Club-K
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