Período eleitoral tem acirrado os casos polémicos nas redes sociais e a Meta decidiu vir ao País para conhecer melhor o contexto local. Entretanto, nos últimos sete meses, o número de utilizadores destas plataformas aumentou bastante em Angola, facto que pode estar associado às burlas na internet.
Uma das maiores multinacionais do mundo, a Meta, que controla o Facebook, Instagram, Messenger (e também o Whatsapp) veio a Luanda, nos dias 27 e 28 de Julho, para conhecer melhor o contexto local, contactar directamente com activistas, organizações da sociedade civil e desenhar estratégias para proteger os seus negócios da violência e do discurso de ódio nas redes sociais, num momento em que o País está em plena campanha eleitoral.
O Expansão apurou que ao longo dos dois dias de trabalho, que decorreram num dos principais hotéis da capital do País, a Meta reuniu um grupo de mais de 30 membros de diversas organizações da sociedade civil de Luanda, Benguela e Huíla. O principal objectivo foi conhecer melhor as dinâmicas locais associadas à liberdade de expressão e prevenção dos discursos de ódio nas redes sociais. Os encontros foram promovidos pela Meta em parceria com a Omunga, o movimento Central Angola 7311 e contaram com a participação do Mosaiko, por exemplo, mas também de organizações profissionais como a Associação Nova Aliança dos Taxistas (ANATA).
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Segundo explica um dos participantes com origem na Huíla, Manuel das Mangas, a Meta está interessada "em trabalhar de forma mais próxima com Angola para compreender o contexto local e os conteúdos que circulam nas suas plataformas". A gigante da tecnologia e das redes sociais está preocupada com o impacto da violência e do bullying junto dos seus utilizadores e da actividade empresarial.
Uma grande quantidade de perfis baseados em Angola são eliminados de plataformas como o Facebook ou Instagram por desconhecimento dos "padrões da comunidade ou quando a máquina virtual da Meta, que analisa as publicações de forma automática, não entende o contexto local", assegura Manuel das Mangas.
Os mais de 30 convidados tiveram contacto directo com as equipas de direitos humanos e políticas públicas para a África Austral, Turquia e Médio Oriente da Meta e aprenderam novas formas de denúncia de casos que violem os padrões da comunidade e, principalmente, de assuntos ligados ao discurso de ódio, assédio, falsa informação e desinformação nas redes sociais em época eleitoral. "Mesmo assim, foi-nos explicado que os perfis tóxicos são difíceis de controlar, uma vez que muitas pessoas utilizam as redes sociais com o objectivo de espalhar ódio e falsas informações.
Para esses casos, a Meta aconselha que sejam feitas as respectivas denúncias, principalmente quando as publicações apresentem sinais claros de violência iminente, bullying ou difamação contra uma pessoa", refere um dos participantes. Ao longo dos dois dias de trabalho no País, a multinacional sublinhou que trabalha com parceiros de confiança em Angola, mas evitou nomear a sua identidade.
Novos perfis em alta desde Janeiro
O número de utilizadores das redes sociais em Angola, sobretudo no que diz respeito ao Facebook e Messenger, disparou nos últimos sete meses, segundo os dados da página online Napoleoncat. O Facebook começou o ano com mais de 2,96 milhões de utilizadores registados em Angola, enquanto o Messenger apresentava 2,56 milhões. O Instagram registava 582.800 utilizadores e o Linkedin, uma plataforma ligada ao mercado de trabalho e à divulgação profissional, tinha 572.000 páginas angolanas.
No final de Julho, em apenas sete meses, o Facebook registou mais de 1,6 milhões de novos perfis para atingir os 4,65 milhões de utilizadores. Também o Messenger registou uma "explosão" similar: saltou de 2,56 milhões em Janeiro para os 4,36 milhões em Julho.
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