CANFEU: Um dissimulado campo de férias universitárias



Como jovem angolano e discente universitário apoio, sem reservas, a realização do Canfeu. Sem margem para dúvidas, é uma iniciativa positiva. Pode melhorar?! É claro. Desde que seja despartidarizado em vista dos superiores interesses da nação.


Embora apoie a ideia, discordo completamente do modelo em que é organizado. Ou seja, o Canfeu já nasceu com defeito, uma vez que não cumpre o seu desígnio principal, que devia ser congregar todas as forças vivas do espaço universitário. Dou mérito à organização que idealizou o Canfeu. Mas "peca" ao realizá-la. Visto  não ser da sua competência realizar encontro de estudantes universitários. Pode propor?! Sim, pode. Mas não promover. 




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Todavia, o organismo que hoje aparece nos holofotes à frente do Canfeu devia apenas propor a quem de direito, nomeadamente o Ministério do Ensino Superior e as universidades públicas e privadas, cabendo a estas organizações  materializar tal evento e, com isso, conferir ao espaço um carisma mais nacional, inclusivo e apartidário.


Como é que um campo de férias de estudantes universitários reúne apenas militantes de um partido, excluindo a participação de outros jovens universitários, simplesmente por não usarem a mesma cor da camisa?

Não faz sentido que uma organização partidária seja a promotora de um vulgo campo de férias para estudantes universitários. 


É tempo de passar para a esfera do Ministério do Ensino Superior a sua organização. 

Sob pena de um dia acordarmos e assistirmos "n" Canfeus, do partido A, B, C. Seria uma autêntica confusão. Como diriam: ombuandja. 

As organizações sociais podiam ser parceiras da actividade, e nunca serem elas próprias a chamar para si a organização do campo de férias. Fica mal na fotografia da democracia. Podem elas ficar nos bastidores ao lado de outras organizações igualmente políticas.


Onde andam o Ministério do Ensino Superior e as universidades angolanas?


José Honório




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