Nas democracias avançadas quando uma entidade faz um pronunciamento que não engaja o governo ou que tenha feito com imprecisão, o gabinete de relações publicas, reage para retificar ou dar melhor entendimento no que foi dito. Assim como aconteceu há poucos dias na África do Sul, quando um porta-voz do governo fez sair um comunicado a retificar os pronunciamentos do ministro da Justiça, Ronald Lamola, sobre a extradição do antigo ministro moçambicano Manuel Chang, para os EUA.
No dia em que iniciou a campanha eleitoral em Angola, o líder do MPLA, João Lourenço, fez um discurso (dia 23) afirmando que estão a ser criados muitos postos de trabalho em Luanda e que no seu ponto de vista “só não vê quem não quer”, um slogan muito usado no tempo do seu antecessor, quando se dizia o país estava a crescer/desenvolver.
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
No dia 27, JL recebeu o novo embaixador americano, que no final da audiência falou de alguns avanços em Angola e no final ressuscitou o slogan do regime “só não vê quem não quer”. No dia seguinte a embaixada norte americana fez sair um comunicado intitulado “declaração sobre os encontros do embaixador Mushingi com a liderança angolana”, fazendo as devidas correções, enquanto a DW da Alemanha, citava um oficial da embaixada que reconhecia que o diplomata terá falado mais do que o previsto.
Ao retificar as declarações do novo embaixador, os EUA através da sua missão diplomática referem que “não são estranhos ao processo democrático e à vigilância contínua necessária para garantir que todos os cidadãos tenham a oportunidade de eleger os seus representantes num clima livre de violência e intimidação”.
Referem ainda ao apoio por uma Angola democrática, em que “continuarão a envolver todos os partidos políticos, bem como a sociedade civil Angolana”, acrescentando que “Os Estados Unidos orgulham-se de apoiar as reformas democráticas de Angola por meio de formação disponível para todos os partidos políticos e a sociedade civil na busca de um objectivo comum: abraçar a democracia plena com eleições livres, justas e credíveis”.
Os Estados Unidos, segundo o comunicado “acreditam que Angola tem uma oportunidade, nas próximas eleições, para demonstrar o seu compromisso com a democracia através de eleições livres, justas e transparentes. Como parceiro para o progresso, continuaremos a trabalhar com representantes do governo Angolano escolhidos pelo povo Angolano, sociedade civil Angolana e o sector privado em benefício do povo Angolano e Americano”.
Está deverá ser a primeira vez que a embaixada dos EUA, faz correções logo após as declarações de um chefe de missão. O que quer dizer que notaram as declarações do novo embaixador foram desajustadas e decidiram fazer correções. O comunicado é claro. Os EUA, estarão a ver algo no túnel e anteciparam-se a apelar que querem para Angola “eleições livres, justas e credíveis”. Foi justamente assim que travaram a fraude na Zâmbia, resultando em sanções: “só não vê quem não quer”.
JOSÉ GAMA
OBS: O comunicado da embaixada dos EUA foi completamente ignorado pela media controlada pelo regime pelo que pode lê-se neste link: https://ao.usembassy.gov/pt/declaracao-sobre-os-encontros-do-embaixador-mushingi-com-a-lideranca-angolana/
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
0 Comentários