SER AFRICANO EM CABO VERDE É UM TABU



«Cabo Verde não é África, os cabo-verdianos são “pretos especiais” e os mais próximos de Portugal. É o país da mestiçagem, a “prova” da “harmonia racial” do luso-tropicalismo. Durante anos esta foi a narrativa dominante. Ser ou não ser africano ainda continua como ponto de interrogação.



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Jorge Andrade só fala crioulo. Sabe português mas escolhe a língua cabo-verdiana como meio de comunicação para afirmar a sua africanidade e marcar a distância do passado colonial. “O crioulo é uma arma de intervenção”, explica no estúdio da Rádio de Cabo Verde, onde dirige o único programa de rádio que fala das questões africanas. “A nossa capacidade de perceber, comunicar, pensar, sonhar é toda em crioulo. A gente sente-se livre quando se expressa em crioulo, e se sente oprimido quando fala a língua dos colonos.”

Clarificando, Jorge Andrade não é contra Portugal, nem contra os portugueses ou contra a língua portuguesa — é contra o imperialismo cultural europeu “sobre África e os africanos”. Nem sequer tem problemas em falar português. Mas sempre que puder usa o crioulo. Sempre que consegue, força os portugueses a tentar ouvir e falar em crioulo.» 

Joana Gorjão Henriques , PÚBLICO, «Série racismo em português»





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