Padre congolês que foi dado como desaparecido abandonou a igreja em São Paulo por ser alvo de preconceito de párocos, segundo Colegas



O padre congolês Quentin Venceslas Kolela, da Paróquia São Judas Tadeu, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo foi dado como desaparecido desde o dia 3 de julho. Até uns dias atrás não se sabia exatamente o motivo pelo qual Kolela deixou a igreja - no dia do desaparecimento, ele saiu da casa paroquial para almoçar e não retornou. Ele chegou a avisar numa mensagem de texto que estava deixando a congregação, inclusive levando uma mala com seus pertences. Mas, segundo párocos ouvidos pela TV Globo, Kolela deixou a igreja por ter sido vítima de preconceito e assédio moral por colegas da Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas). 


Segundo os colegas do padre, que não quiseram se identificar, o congolês relatou a amigos que estava sofrendo uma pressão psicológica muito grande e que, por isso, abandonou a paróquia. Apesar de ter avisado que estava deixando o grupo, ele foi dado como desaparecido pelo líder da congregação, padre Luís Gonzaga da Silva, que registrou um boletim de ocorrência.




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Em entrevista ao g1, o padre Gonzaga disse que registrou o desaparecimento de Kolela porque esperava novas comunicações após a sua saída repentina e que, em conversa com um amigo delegado, surgiu a suspeita de que a mensagem de despedida de Kolela teria sido escrita e enviada por outra pessoa. "Queremos que o encontrem bem. Se ele não quiser voltar pra ordem, não tem problema, mas que dê uma satisfação, que consiste em uma carta pedindo desligamento. Essa carta é enviada para Roma, que vai olhar o pedido de saída dele. É assim que funciona", disse Gonzaga.

 

A gente espera que o padre Kolela esteja bem e seguro. Infelizmente o racismo não poupa nem mesmo os espaços religiosos, que deveriam ser ambientes de respeito, acolhimento e diversidade. 




O g1 questionou a Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas) e a Arquidiocese de São Paulo sobre a acusação dos párocos. Em nota, a Congregação afirmou que "não tem nenhum conhecimento sobre tais fatos".

Já a Arquidiocese de SP declarou que "desconhece as possíveis motivações do desaparecimento do Padre Kolela" e que "está em diálogo com a Congregação, solicitando informações e providências desta junto às autoridades públicas para compreender o que, de fato, ocorreu com o Sacerdote".




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