MARCAS DO ISLÃO É PERIGOSO EM ANGOLA- SEVERINO CARLOS



O jornalista Graça Campos voltou a alertar-nos para um problema que o Estado angolano tem tratado com pinças: as implicações perigosas que a expansão do islamismo tem vindo a conhecer em Angola.

 É verdade que, baseadas no argumento e na necessidade de não se pôr em causa a laicidade do Estado, as autoridades nacionais têm, até ao momento, agido com sensatez diante do fenómeno. Mas não é menos verdade que tardam a encontrar um antídoto racional para os aspectos perversos que o explosivo crescimento do Islão no país já tem mostrado, inclusive aos olhos do comum mortal que é o cidadão. 

Referimos-nos, sobretudo, ao perigo de associação ao terrorismo que geralmente vem sob a capa do Islão. Ou seja, é mesmo isso. Não nos enganemos. Há um "Islão bom", mas é para o "Islão mau" que o Estado angolano precisa de se focar sem qualquer tipo de tibieza.  

O episódio da burca relatado por Graça Campos, ocorrido recentemente com uma cidadã angolana no interior das instalações de um banco em Viana, deveria realmente nos servir de aviso. A dimensão do fenómeno começa a tornar-se alarmante e o que ninguém quer é que se ponha fora de controlo. 

Aliás, não é a primeira vez que o alerta é accionado. Nas duas últimas décadas, existiram denúncias vindas de sectores e departamentos ministeriais a chamarem a atenção para o problema, incluindo mesmo de sectores ligados à comunidade de inteligência do país. 




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Sim. É isto mesmo. Até os serviços de inteligência angolanos chegaram a emitir alertas vermelhos, com pareceres para o Governo onde eram referidas coisas pavorosas  como o facto de Angola estar, já naquela altura, a servir de porto de passagem e abrigo a perigosos indivíduos devidamente "agrafados" pelo seu envolvimento com o terrorismo internacional. Também existiam evidências de que o território nacional começava a funcionar como espaço de mobilização e endoutrinação do fundamentalismo islâmico e de recolha de fundos para o financiamento de actividades terroristas. 

É verdade que os alertas foram de circulação restrita, mas que existiram e foram feitos, lá isso foram. E o Semanário Angolense esteve sempre no inside a divulgar tais alertas. Um primeiro aviso partira do próprio Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos há quase 20 anos. Num memorando sobre o assunto, o INAR já então sugeria que o Estado tomasse algum tipo de providência para evitar que a expansão do islamismo atingisse níveis que colocassem em risco a ordem pública e os interesses nacionais. 

Na altura em que saiu o memorando do INAR, de circulação restrita e secreta como  já o referimos, muita gente ciosa da laicidade do Estado viu nele excesso de zelo. A verdade é que o memorando do INAR tinha afinal lastro. Ou seja, baseava-se em dados e factos concretos, resultado de investigações dos próprios serviços de inteligência angolanos. Por exemplo, existiam naquela altura, segundo dados do INAR, 15. 521  adeptos do Islamismo em Angola, 60 por cento dos quais eram estrangeiros. E sete mesquitas só em Luanda. 

Em Setembro de 2005, o Semanário Angolense chegou a fontes com conhecimento apropriado do que se passava e estampou os factos que mostravam que, à pala da penetração e expansão da religião islâmica, Angola estava realmente a ser preparada para  transformar-se numa incubadora do terrorismo internacional. 

Volvidos quase duas décadas, é quase seguro afirmar que o fenómeno cresceu. Mas para que não se diga que se trata de paranóia ou que estejamos a falar no vazio, reproduzimos, aqui, os factos coligidos pelo Semanário Angolense em Setembro de 2005. 


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(SEMANÁRIO ANGOLENSE EDIÇÃO 131, DE 27 SET. A 01 OUT. 2005)


O terrorismo segue imediatamente?


"VESTÍGIOS" DE BIN 

LADEN EM ANGOLA


# Várias dezenas de indivíduos suspeitos de pertencerem a grupos terroristas islâmicos passaram ou fixaram-se no nosso país nos últimos anos.


Dados a que o Semanário Angolense (SA) teve acesso apontam para a probabilidade de Angola estar a ser, neste momento, alvo de uma intensa prospecção por parte de organizações terroristas islâmicas. Desde que, em 1989, Bin Laden, o líder da Al-Qaeda, decretou uma "fatwa" (sentença) contra cristãos, judeus e de uma maneira geral aos Estados Unidos e seus aliados, o nosso país tornou-se, teoricamente, um objectivo. Mas o que era apenas um mero asterisco nas contas está a revelar-se, nos últimos tempos, algo com características mais concretas e perigosas. 

Ou seja, embora o fenómeno do terrorismo propriamente dito ainda não exista no nosso país, há preocupantes vulnerabilidades na sua estrutura que estão a ser exploradas por tais grupos, mesmo os mais radicais, visando transformá-lo, se não em base operacional, ao menos numa fonte de angariação de receitas financeiras para a sustentação de grupos terroristas. 

Este jornal apurou, de fontes familiares a este assunto, que os aspectos que mais tornam Angola vulnerável ao "assédio" de terroristas internacionais estão consubstanciados, em primeiro lugar, numa legislação permissiva e na volatilidade das suas fronteiras terrestre, marítima e aérea. Junta-se a isso a difícil situação socioeconómica e alguma debilidade em relação à protecção de objectivos considerados estratégicos como empreendimentos e imóveis nacionais ou estrangeiros.

Angola tem ainda a particularidade de possuir laços estratégicos com os Estados Unidos da América, a quem os radicais islâmicos decretaram sentença de morte, albergando no seu território objectivos cobiçados pelos terroristas, como estruturas diplomáticas e plataformas de exploração petrolífera. Aliás, um grande motivo de preocupação para o Estado angolano reside na extensa fronteira marítima, fruto da actividade petrolífera que envolve interesses estrangeiros.

 Estas zonas, ao que se constata, não são alvos de patrulhamento sistemático por via aérea e marítima, além de que não existem forças especializadas para fazer face a um eventual atentado terrorista a essas instalações e não só. 

Está, aliás, suficientementemente verificado que são as debilidades acima mencionadas que facilitaram a penetração do terrorismo em vários países africanos nos quais já existem células e combatentes terroristas, a saber: Sudão, Argélia, Djibouti, Egipto, Congo Democrático, Líbia, Nigéria, Tunísia, Tanzânia, Tchade, Mali, Mauritânia, Somália, Guiné-Bissau e Guiné-Conacry. Todos, por conseguinte, são países que apresentam problemas estruturais, étnicos e de pobreza -- um filão mais do que apetecível para os grupos terroristas criarem neles as suas bases, recrutaram adeptos, assim como realizarem actos de força contra objetivos locais e estrangeiros. 

Há mesmo levantamentos de Intelligence a que o SA acedeu, de acordo com os quais já passaram por Angola, nos últimos anos várias dezenas de indivíduos estrangeiros suspeitos de pertencerem a redes terroristas islâmicas. Uns apenas passaram pelo nosso país, mas outros acabaram por fixar-se aqui. 

São indivíduos cujo primeiro traço identitário está na pertença ao Islão. Também está verificado que as suas nacionalidades são predominantemente árabes, oeste-africanas e sul-americanas. Em relação a esta última, realce para o facto de se tratar em geral de indivíduos de origem árabe que adquiriram depois as nacionalidades brasileira ou paraguaia. Dois países do cone sul-americano que fazem fronteira entre si e que ultimamente têm vindo a ser palco de penetração de redes islâmicas associadas ao narcotráfico. 

Tais indivíduos têm, igualmente, o novo perfil-tipo do terrorista internacional, que já não é identificado pelo simples aspecto físico ou comportamental. São, em geral, detentores de formação académica e técnica em áreas antes impensáveis para os terroristas, tais como as engenharias e tecnologias de informação e comunicação. Estes instrumentos permitem que eles estejam à altura das novas exigências mundiais em matéria de comunicação, manuseamento de engenhos explosivos, possibilitando também a sua melhor inserção no meio em que se encontrem. 

De resto, um dos métodos que, de acordo com o levantamento que vimos compulsando, tem sido usado para a inserção dos islamistas em Angola passa pela subtileza de comportamento que estes indivíduos revelam no seu quotidiano. Regra geral, comportam-se como pessoas vulgares, facto que facilita a sua inserção social. Muitos destes suspeitos que ficaram residência em Angola casaram-se com mulheres angolanas, para desta maneira adquirirem a nacionalidade angolana, passando a viver com a sua "nova" mulher num pacato bairro de Luanda. 

Aliás, em várias abordagens ao fenómeno da lenta e silenciosa implantação do islamismo em Angola -- que surge em estreita correlação com a questão do terrorismo internacional -- o SA já chamara a atenção para algumas situações hoje plenamente associadas às formas de e aos métodos de actuação e inserção praticados pelos grupos terroristas islâmicos em território angolano. 

Exibindo documentos falsos, como bilhetes de identidade e passaportes, estes indivíduos â Angola muitas vezes integrados em organizações não-governamentais islâmicas com fins caritativas, ou ainda como comerciantes que investem sobretudo em negócios de distribuição de produtos de necessidade básica para as populações angolanas. Não são "inocentes" as cadeias de cantinas ramificadas nos bairros de Luanda e em algumas capitais provinciais no interior do país (que não comercializam derivados de porcos), assim como outros estabelecimentos comerciais de venda a retalho e a grosso de mercadorias diversas a preços muito baixos, que vão desde electrodomésticos a automóveis.

Tudo isso se conformam em sinais de um inexorável assalto a um determinado sector da economia do país que resulta em aquisição de poder económico, o que se encaixa perfeitamente mas fases e na cadeia de penetração do terrorismo em qualquer país. 

Em Angola podem não se encontrar os primeiros elementos da cadeia de penetração (ideólogos e planificadores) e eventualmente nem o chamado terrorista "puro e duro" (aquele que executa as matanças), mas suspeita-se que estarão entre nós propagadores, financiadores e recrutadores. Os propagadores e recrutadores podem estar disfarçados nas mesquitas e os financiadores encontrarem-se entre os comerciantes e empresários. 

Muitos dos negócios que foram implantados em Angola escondem cavilosos processos de lavagem de capitais de origem duvidosa obtidos noutras paragens, como os que provêm do tráfico de drogas e de armamento, dois elos da cadeia de terrorismo internacional. O pormenor dos baixos preços praticados aponta para aí mesmo: o dinheiro sujo vem de outras paragens, é "drenado" em Angola e, depois, reentra no circuito internacional com rosto. Insuspeito, indo por último financiar as acções terroristas propriamente ditas. 


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ALA E MAOMÉ COMO ISCOS


# Como a lenta penetração do Islão pode ser um portão de entrada do terrorismo


A presença em Angola da África Muslim Agency (AMA) já tirou o sono às poucas "sentinelas" que, no nosso país, tentam controlar eventuais movimentos associados a grupos terroristas islâmicos. Trata-se de uma organização não-governamental que os "assessments" assinalam como estando claramente ligada ao terrorismo. A sua orientação é xiita. 

Presentemente, ela já não opera em Angola, mas enquanto cá permaneceu desenvolveu um projecto de orfanato no município de Viana, que pode ter sido um disfarce para actividades "mais obscuras", quanto mais não seja devido facto da sua origem koweitiana, ao contrário de muitas outras organizações da mesma índole, lhe permitir em princípio  manusear elevados capitais e, por essa via, ser uma fonte de financiamento do terrorismo. Está suficientemente verificado que um dos seus "objectivos encobertos" consistia em servir de elemento facilitador de contactos com o exterior de todo o movimento islâmico em Angola. 

Ao encerrar os seus escritórios em Angola, em 2003, a AMA, fundada em 1988 e cujo líder é um marroquino de nome Khaled Wakil, transferiu os programas e projectos que tinha no país para a associação Islâmica para o Desenvolvimento de Angola (AIDA), presidida por Mohammed Niane, de nacionalidade guineense. Esta última opera no sector da educação, estando a implementar um projecto de construção de um centro  de saúde no Cazenga. 

Na realidade, há neste momento em Angola a vintena de organizações não-governamentais de origem islâmica, cuja actividade parece pacífica, mas toda a atenção é pouca, pois na generalidade elas espalham o ideal do Islão, atrás de quem estão geralmente os fundamentalistas que financiam o terrorismo. 

Quando em alguns quadrantes do país já surgem apelos para que o Estado angolano tenha cuidado com o crescimento do islamismo em Angola, devido aos efeitos negativos que isso pode ter, como seja a alienação da identidade cultural dos angolanos, na verdade há também o receio de que tenhamos entre nós violentos seguidores de Maomé, uma fonte que alimenta o exército de terroristas. 

É perigosa, por exemplo, a acção da Associação da Ansar Sunah (conhecida pela sigla AAS), fundada em 1988 por um sudanês, Al Hadj Omar Rali, actualmente dirigida por Lyoko Ibrahim, um congolês democrático. Com sede na Petrangol, populosa zona de Luanda, esta organização tem por principal objectivo doutrinar o povo nos princípios islâmicos ultra-fundamentalistas. Os seus membros são facilmente identificados devido ao uso de calções e barba comprida, bem ao estilo árabe. 

Outra organização estranha é a denominada CDRIA/Dawah-Angola (Comunidade de Divulgação de Documentação da Religião Islâmica em Angola), com sede numa mesquita localizada no Cazenga, outra zona da capital angolana de forte densidade populacional. Uma derivação da CISLANG, a primeira organização de natureza islâmica a formar-se em Angola, a CDRIA é de orientação sunita e tem por objectivo treinar jovens no aspecto militar, não se sabendo com que finalidade. 

Observadores que acompanham atentamente estes assuntos chamam a atenção para o facto de os terroristas que se imolaram, fazendo detonar bombas no Metropolitano de Londres, fazerem parte da chamada segunda geração de imigrantes árabes. Nasceram britânicos, mas interiorizarem radicalmente a cultura maometana dos pais. 

"Os terroristas não têm pressa. Eles exportam o terrorismo lentamente, por vias sofisticadas como a aculturação e a inculturação das populações de países onde a religião islâmica é introduzida", diz um analista. "Não são os primeiros migrantes que colocam as bombas. Estes têm até comportamentos pacatos na comunidade em que se instalam. O perigo são os filhos, a geração que vem depois deles. Foi o que sucedeu em Londres", acrescenta. 

De acordo com aquilo que sido visto em Angola, o crescimento do islamismo não é propriamente acelerado, devido às forte barreira local, mas já há sinais preocupantes. A aceitação do islamismo deverá ser lenta porque ele estipula regras muito apertadas e pouco estimulantes para a natureza mais liberal do homem angolano, tido mesmo como sendo "de certo modo ocidentalizado", no dizer do analista. "Andar de rosto encoberto por um véu e túnicas abaixo do joelho não é uma perspectiva lá muito agradável para as mulheres angolanas."

Ainda assim, existem factores que podem fazer mover mais rapidamente a locomotiva do Islão em Angola. Um destes factores é a pobreza acentuada que, a persistir, tenderá a fazer com que mais facilmente haja casamentos entre muçulmanos e angolanas. Trata-se, aliás, de um fenómeno ainda imperceptível, mas que já se está a verificar em Luanda, onde abastados comerciantes malianos e senegaleses estão a casar-se com mulheres angolanas. Trata-se geralmente de uma união de interesses: eles entram com o dinheiro e em troca recebem, por via delas, a cidadania angolana. 

Outro segmento vulnerável ao assédio islâmico são os jovens desempregados. A frustração pode levá-los a ver no "ideário de Alá" uma saída, uma solução. As organizações não-governamentais islâmicas que andam espalhadas por aí fazem por disseminar esse tipo de mensagem. "Em Maomé, eles poderão repousar do fardo que carregam". 

Não é pela porta das mesquitas existentes em Luanda que os jovens angolanos podem ser recrutados, mas por via de ONG's que os aliviam com formação em países islamizados. Já há notícias de um número considerável de jovens (fala-se em 80) que foram parar ao Mali, onde, em regime de semi-escravidão, estão a ser endoutrinados no Islão. A Associação de Beneficência de Angola (ABA), ONG islâmica de orientação sunita, com escritórios na rua 6 do Bairro Mártires de Kifangondo, esteve na origem do envio de jovens ao Mali. As suas actividades conheceram uma significativa retracção a partir do momento em que a organização passou a estar debaixo da mira da "secreta" angolana.


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PONTAS DE LANÇA DO ISLÃO


# Líderes de partidos angolanos e importantes funcionários do Estado encontram-se entre os mais ferrenhos seguidores do islamismo. 


A penetração do Islão em Angola conta com recrutadores angolanos e não apenas com indivíduos de origem árabe. Um deles é mesmo funcionário intermédio do Ministério do Interior e chama-se David Alberto Ja, actual líder de uma das organizações não-governamentais islâmicas mais acutilantes que operam em Angola, a Comunidade Angolana dos Crentes Muçulmanos (CACM). 

Fundada em 1996, por António Kakepo, está organização está a passar pelo seu apogeu sob a liderança de David Alberto Ja, que conseguiu expandir a sua acção a Benguela, Huambo, Bié, Cuanza-Sul, Lundas e Cabinda. Não se conhece a sua orientação (se sunita ou xiita), mas a sua vocação primária é mobilizar crianças angolanas com vista à sua adesão ao islamismo. 

David Ja, natural da Lunda, primo de um ministro angolano, era um jovem angolano como outro qualquer quando, há uns anos, obteve uma bolsa de estudos e foi para o Sudão a fim de licenciar-se em Direito. 

No Sudão, um dos países que formam o núcleo duro do islamismo em África, David Ja acabou por não concluir a licenciatura, ficando-se pelo terceiro ano. Razão: preferiu dar maior atenção à religião islâmica a que se havia entretanto convertido. Do Sudão foi parar à Arábia Saudita, onde viria a reforçar os seus conhecimentos da doutrina islâmica. Hoje é um ferrenho seguidor do Islão e também um dos mais instruídos nessa religião. 

Além de David Alberto Ja, existem outros líderes ligados a conhecidos partidos angolano, nos quais alguns chegam a ocupar postos importantes da sua hierarquia. É o caso de António Pedro Emous, mais conhecido pelo nome muçulmano "Saidy", que é o secretário-geral do partido UDPA. Depois de ter fundado, em 1991, o Centro Islâmico de Documentação (CID), organização de orientação sunita que tem por finalidade principal editar livros islâmicos, Saidy tornou-se o secretário executivo da CISLANG. 

Saidy desdobrou-se e juntamente com o presidente do seu partido, José Henrique do Nascimento, criaram outra organização muçulmana designada por Nahduatul islâmico de Angola (NIA), cuja missão principal é angariar fundos para o UDPA. 

Samuel Niiti Mansur, presidente da comissão de disciplina e controlo do PdP-ANA, é um seguidor de Maomé. Fundou em 1995 a Liga Islâmica de Angola com sede nas imediações da cervejeira CUCA. De orientação sunita, esta organização tem por objectivo facilitar os contactos com o exterior a toda organização islâmica de Angola. 

Daqui se pode inferir que um dos métodos usados seja o jogo de influência junto de instituições públicas e também dos principais partidos. . Por alguma razão é que existem mesquitas mesmo sem respaldo legal. A sua implantação ter-se-á processado por via da corrupção nas administrações municipais, quando a aquisição dos terrenos em que foram edificadas não se fez através de um indivíduo que depois realizava um trespasse. 

Com líderes partidários enfiados no movimento islâmico no país há o perigo das próximas eleições não traduzirem o voto dos angolanos genuínos. Acresce que a nossa  Lei da Nacionalidade é até certo ponto permissiva, além de que as nossas fronteiras são movediças, particularmente com a Namíbia, a Zâmbia e a RDC. 

Há conhecimento de que alguns destes líderes islâmicos terão tentado  abordar o MPLA, propondo-lhe o voto muçulmano nas eleições em troca da ordem para a legalização da religião islâmica no país. 

Uma barreira que estas confissões têm encontrado não é artificial, mas resultado da legislação em vigor. A lei preconiza que o reconhecimento das denominações religiosas seja pedido ao Ministério da Justiça em requerimento subscrito por um mínimo de 100 mil fiéis, maiores e com domicílio em território nacional, devendo as assinaturas serem reconhecidas notarialmente e recolhidas num mínimo de dois terços do total das províncias do país. Transpor isso é obra.






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