Há dissintonia? - Graça Campos



Luís de Assunção Pedro da Mouta Liz, vice-procurador geral da República, fala com eloquência.

É dos poucos magistrados do Ministério Público que não está permanentemente às turras com a língua portuguesa. 

Geralmente hábil a “transitar” nos labirintos da língua, Mouta Liz surpreendeu os jornalistas quando , ao falar sobre o rumoroso caso da presidente do Tribunal de Contas, pareceu ter água ou pedras na boca.

“Esta é matéria específica da PGR e sobre isso não falo”, respondeu à pergunta sobre a posição da Procuradoria Geral da República a respeito do rumoroso caso.



Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


A resposta do magistrado não é peixe, nem carne.

Mouta Liz é vice-procurador geral da República. Ora, ao afirmar que não fala sobre “matéria específica da PGR”, o afamado magistrado cria no cidadão a dúvida sobre quem pode ou não falar a respeito do assunto que, por estes dias, colocou o Tribunal de Contas no centro das atenções. 

A pouca esclarecedora resposta de Mouta Liz significa que à PGR não está a sobrar coragem para investigar os graves actos que são imputados à presidente do Tribunal de Contas. 

Na última entrevista colectiva que concedeu a jornalistas angolanos, o Presidente João Lourenço disse: “Ali onde há crime a nossa Justiça, ultimamente, tem a liberdade de actuar (...)”. 

Será que a  PGR não está sintonizada com o Presidente da República ou o país assiste a uma sólida prova de corporativismo, em que os poderosos se protegem uns aos outros?




Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

Postar um comentário

0 Comentários