Por uma triste coincidência, nesta data em que está marcado há algum tempo o início dos trabalhos do Comité Executivo da IDC/CDI, ocorreu também a morte do Ex-Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos. Em meu nome, e em nome dos militantes e Membros da UNITA endereço as minhas mais sentidas condolências a toda a sua família e a todos os angolanos. JES foi um adversário político da UNITA e nunca o consideramos como um inimigo. Assim é merecedor do nosso respeito, pelo que observaremos o período de luto com o recolhimento necessário.
Peço em sua homenagem um minuto de silêncio.
Em nome da UNITA, Partido membro da Internacional Democrática do Centro, saúdo os Partidos membros que aqui se encontram e os que nos acompanham via zoom, e saúdo muito em especial o Exmo. Presidente Andrés Pastrana, bem como o Secretário Geral António Lopes Isturiz.
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É para nós uma grande honra contarmos com a presença física em Angola, de tão ilustres personalidades, oriundas de diversos continentes, para em Angola e em Luanda trazerem a sua solidariedade à UNITA, nesta altura de pré campanha eleitoral.
Saúdo também os convidados, meus compatriotas angolanos, à esta sessão de abertura.
Saúdo em particular a Liderança da IDC, que teve a genial ideia de trazer a prestigiada organização a Luanda.
Angola é um País jovem no conserto das nações, com 46 anos de idade, contados desde a sua Independência em 1975. Longe de a sua juventude inspirar robustez, Angola é hoje um País fragilizado por um sistema de Partido único que governa Angola desde a Independência.
O potencial de angola é enorme e reside no seu Povo, dotado de faculdades extraordinárias de trabalho e aprendizagem. Angola é um País diversificado, tanto no seu povo, como nos recursos naturais (solo e subsolo).
Afinal, o que falta a Angola, com todos os seus enormes recursos humanos e naturais, para vencer a estagnação económica? É necessário muito investimento, para que a nossa democracia seja um mar de oportunidades para todos, longe da ameaça do sistema de partido único e da corrupção
Angola sonhada em Janeiro de 1975 nos Acordos de Alvor, só será possível quando a democracia em Angola produzir a primeira alternância do poder.
Há 20 anos que Angola não tem guerra. A ausência de guerra é em si um precioso bem público que temos sabido preservar como tesouro. Os angolanos rezam todos os dias pela paz definitiva, a paz das almas e a paz das estômagos.
A UNITA candidatou-se às próximas eleições gerais porque o povo angolano olha para este nosso Partido como a tábua de salvação para uma Angola mais democrática, livre da discriminações, uma Angola inclusiva, uma Angola livre da fome e da pobreza. Uma Angola em que os vastos recursos do país sejam geridos com transparência e direccionados ao desenvolvimento, uma Angola onde os seus filhos terão acesso à educação e à saúde e à protecção do Estado, independentemte dos vínculos partidários, religiosos, étnicos ou da cor da pele.
A IDC é uma família política com princípios e valores e com uma enorme experiência, no que se refere ao desenvolvimento, à democracia e o progresso harmonioso dos povos. Sentimo-nos orgulhosos por sermos parte desta nobre família política que prova, com vitórias da democracia, todos os anos, que em boa hora ela surgiu para sustentar o progresso em todos os continentes.
A lista de candidaturas da UNITA dá corpo a ideia da constituição de um Governo Inclusivo e Participado pelos mais variados estratos político- sociais de Angola e tem o condão de acabar com os resquícios de um partido estado que viola a lei, serve-se do Estado e usa os recursos públicos para os seus fins particulares. Visamos acabar com o governo de um partido que pretende ser único e se eterniza no poder, que capturou a justiça e impõe as ordens superiores. Simultaneamente a nossa lista pretende servir de esteio para que nenhum outro partido, nos próximos anos, seja ele qual for assuma o poder e se transforme numa outra espécie ou variante de partido estado, desrespeitador da lei e da ética Republicana.
Vamos acabar com o regime de dominio do Estado por um partido e nos bastam 46 anos de lições para lançarmos, a partir de Setembro, as bases para um Estado Democrático de Direito Verdadeiramente Reconciliado, onde nenhum partido se coloca acima da lei, em que ninguem combate a corrupção ao mesmo tempo que potencia o surgimento de novas clientelas com os concursos de adjudicação directa que sem remorso dividem as empresas e os empresários, uns em eleitos e protegidos e outros em excluídos e desprotegidos.
O Estado somos todos nós, os angolanos inscritos nos partidos e os sem partido, o nosso território que Deus nos deu e o governo com mandato limitado no tempo.
Democracia significa alternância entre governo e oposição. Ambos são eleitos pelo mesmo voto do povo. Por isso, os angolanos não precisam temer o futuro sem o MPLA no governo. Nós vamos governar com todos, incluindo membros do MPLA, porque defendemos um governo de pessoas competentes que sejam patriotas, não um governo de militantes.
O MPLA quer para Angola um capitalismo de partido único e uma democracia que não produz alternância, que encara eleições como um ritual, cuja função é revestir, com as aparências da legalidade, a “vitória anunciada” do partido do governo, a qualquer custo e por qualquer meio.
Desta vez não vai ser assim!
Fique claro! Com fraude ou sem ela, nós vamos ganhar com o voto popular, com o voto dos que querem que o país mude e se desenvolva e que são a maioria.
O passo que falta para Angola é, tornar-se de facto um Estado de direito democrático reconciliado.É garantir que as eleições deixem de ser um ritual controlado pelo Partido Estado; e passem a ser eleições democráticas, livres e justas, que reflitam sempre e só a vontade soberana do povo.
Com fraude ou sem ela a ALTERNÂNCIA VAI GANHAR E VAI SER PODER! E ANGOLA VAI GANHAR!
O País precisa de uma nova liderança. Nós, que nos candidatamos sob a bandeira e nas listas da UNITA, estamos a estruturar esta nova liderança, para darmos ao país um novo começo, um novo rumo e outra forma de governar.
Vamos continuar a dialogar com todas as entidades interessadas, em Angola para lhes assegurar que a transição para a Democracia Real será gerida com responsabilidade e os compromissos assumidos pelo Estado Angolano serão respeitados. A alternância política na governação que a candidatura da UNITA e de seus parceiros propõe é a que ergue antes de mais nada a bandeira da reconciliação entre todos nós os angolanos.
Temos diante de nós uma oportunidade ímpar para Angola estabelecer a verdadeira sociedade democrática e livre em que todos os angolanos convivam em harmonia, governantes e governados, ricos e pobres, afortunados e desafortunados, ex governantes, operários e camponeses, militares e policias, funcionários públicos. Todos em harmonia, rumo a construção de uma nova Nação.
Para tanto, votem UNITA, votem na Alternância
Viva Angola, que a hora é esta!
Adalberto Costa Júnior
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