DESLIGAMENTO DAS MÁQUINAS: NÃO!!!- SALAS NETO



«Referendum popular: Desligamento das máquinas. Sim ou não?». Assim era a proposta da sondagem da pimpa que empreendi sexta-feira nesse meu quintal, para avaliar de algum modo a opinião popular sobre a problemática do estado de saúde do antigo presidente angolano, José Eduardo dos Santos, entre a vida e a morte, numa clínica de Barcelona, agora já só com ajuda de máquinas, como se diz, a algumas semanas de completar 80 anos.

Caso não surjam sinais de recuperação, em algum momento ter-se-á de fazer uma opção, que pode ser precipitada ou retardada, em razão dos interesses de quem tem o poder de decisão, no que parece ser a família, em primeira instância, em detrimento do estado angolano (todos nós, claro), que é no entanto quem paga a dolorosa.




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Entre os cidadãos, segundo os resultados do meu modesto inquérito, uma maioria esmagadora defende o não desligamento das máquinas, quase todos com base numa religiosidade que atribui ao Deus em que acreditam a última palavra na matéria. «É a ele a quem pertence o poder de decisão sobre o último suspiro», sustentou alguém, uma senhora. Dos 68 «eleitores» que responderam à «provocação», 57 fizeram-no pela negativa, dando ao «não» cerca de 86 por cento dos votos, contra quase 14 por cento para o «sim», em que me incluo. Houve apenas uma abstenção, sendo que alguém sustentou que se as pessoas tivessem ideia do balúrdio que custará aos nossos bolsos o ligamento das máquinas, já diante dalguma inutilidade dessa manutenção, milagres à parte, talvez a tendência do voto acabasse por ser outra.

Os do «sim» foram poucos, apenas 11, mas muito «quentes». Houve um que chegou a dizer que o desligamento até já ia tarde. E o gajo nem é ateu, como eu.




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