O Desporto angolano apresta-e a passar pela sua pior vergonha de sempre: a equipa de futebol do Clube Desportivo 1.o de Agosto, está prestes a desistir de participar na Liga dos Campeões da CAF. Devido às dificuldades financeiras pelas quais passa o “rubro-negro”, não há sequer dinheiro para pagar a taxa de participação.
Apercebendo-se disso e também devido aos 10 meses de salários em atraso, o técnico da equipa principal de futebol, o sérvio Srdan Vasiljevic, manifestou desejo de abandonar o posto. Contudo foi demovido da ideia in-extremis por dirigentes do clube que lhe prometeram a regularização dos soldos em falta no mais curto espaço de tempo possível. Só que esse curto espaço de tempo pode ser uma eternidade, a julgar pelo andar da carruagem quanto a resolução do probleminha que é generalizado dentro do clube, onde técnicos, atletas e funcionários não veem a cor do dinheiro há quase uma ano.
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Entre os dirigentes “agostinianos” há esperança de que o bom senso vai prevalecer, pelo menos em relação aos salários em atraso, uma vez que sem isso o clube não só ficará fora da “Champions” da futebol como também de andebol masculino e feminino, em que o 1.o de Agosto foi campeão, mesmo sem sem salário.
Se, entretanto, não houver nenhum pagamento nos próximos dias, é dado adquirido que o treinador vai mesmo deixar o clube e um Projecto que visa alçar o futebol “Agostino” ao topo do continente. Em 2028, aliás, só não foi campeão africano, porque uma arbitragem descaradamente parcial impediu a concretização desse objectivo.
Além da possível saída do treinador, igualmente devido à falta de regularização dos atrasados e de perspectiva, alguns atletas ponderam abandonar o clube e para tal vão evocar justa causa. Do mesmo modo, não se descura a possibilidade de alguns funcionários seniores deixaram o clube pelas mesmas razões. O cenário que deveria ser de vivo “rubro-negro” é apenas negro. De um assustador negrume que ameaça a derrocada completa daquele que muitos consideram o maior clube de Angola e uma importante referência do continente africano.
O problema maior nisso é que, a desistência da Champions da CAF acarretará consequências gravosas. Além da pesada multa de alguns milhões de dólares, o clube ficará interdito de participar nas “Afrotaças” por dois anos, visto que já está inscrito para a competição e a desistência implica, naturalmente, o remanejamento do calendário e de toda a logística preparada para os jogos do vice-campeão nacional.
Ao que tudo indica, o problema deve continuar, porque não há vontade de resolver o assunto, nem mesmo depois da Assembleia-Geral. O Estado-Maior General (EMG) das Forças Armadas Angolanas (FAA) não se pronuncia, milhares de pessoas estão à pão e água - há quem está só mesmo à água - e o clube definha a olhos vistos, caminhando para o precipício da “morte assistida”.
Numa altura em que falta pouco menos de dois anos para o fim do mandato do actual elenco directivos, o que parecem querer algumas altas patentes do EMG e do Ministério da Defesa é empurrar para fora do clube o presidente Carlos Hendrick e tomarem de assalto o valioso património do clube para a sua privatização. Referimo-nos concretamente a sede e pavilhão do clube no Rio Seco, a Maianga, bem como as instalações do Gama, ao Miramar. São ambos espaços altamente apetecíveis para o negócio imobiliário que, segundo uma reputada consultora, voltará a ser altamente rentável nos próximos anos, por causa dos investimentos quase nulos no sector da habitação .
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