Entre setembro a Outubro de 2009, o regime preparava-se para aprovar o modelo de constituição atípica preferido pelo Presidente José Eduardo dos Santos. A UNITA contestava. Num dos encontros bilaterais entre governo e UNITA, de então, o general Manuel Junior “Kopelipa” tentava aliciar os “maninhos” a aceitar a proposta “atípica”. Esgotado de argumentos, “Kopelipa” fez recurso – junto dos seus interlocutores - a uma linguagem entendida como refrescamento ou cobrança de episódios do teatro militar ocorrido a quando a morte de Jonas Savimbi. Havia invocando que os teriam morto em 2002 e que se estavam vivos era “graças a magnanimidade” de JES. O pensamento que fazia transmitir é de que não entendia as razões que levavam a UNITA a opor-se contra o modelo de eleição “atípica”.
Fora do marketing politico, a propaganda da “magnanimidade” do regime, seria autentica se não entrasse em contradição com o comunicado das FAA de 17 de Fevereiro de 2002, em que anunciavam terem morto sete generais da UNITA, dentre os quais o general Galiano de Sousa “Bula Matadi”, os brigadeiros Arlindo Catuta, e Rodrigues.
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A propaganda da “magnanimidade” do regime, seria autentica se tivessem também poupado o general Big Jó, a esposa, o bébé que esta trazia ao colo, e o brigadeiro José Mbulé, assassinados na manha em que morreu Savimbi. Teriam, se quisessem, pego Savimbi vivo e levado a Luanda, ao contrario de o terem disparado com balas incendiarias que não dá espaço para sobreviver. Savimbi foi pego desarmado a tomar o seu chá de mel.
A “magnanimidade” do regime não pode ser apenas para os episódios no depois do assassinato de Savimbi. O antes do seu assassinato também conta.
Na verdade, a direção da UNITA não foi decapitada por “magnanimidade” do regime, ou de JES. Houve ainda tentativa de abater o general Lukamba Gato quando depois dos primeiros contactos ( com Kamorteiro que estava sob custodia das FAA) e enviou uma patrulha de reconhecimento que foi recebida com tiros, nas coordenadas por ele dada, para se encontrarem.
Depois disso o regime recuou e reconheceu que havia necessidade de os preservar para poderem ter um interlocutor para negociar a paz. De contrario, o exercito angolano enfrentaria bolsas de resistência com destaque na zona Norte onde se encontrava o General Apolo e na zona centro (General Kananai) e outras onde a guerrilha da UNITA realizava algumas incursões. A Guerra levaria mais algum tempo para terminar e se provaria que a mesma sobreviria a morte de Savimbi.
Era necessário não decapitar a direção da UNITA porque o governo pretendia legitimar a propaganda oficial de que a guerra dependia apenas de uma única pessoa, tal como ficou provado na declaração a imprensa internacional, do então porta voz presidencial, Aldemiro Vaz da Conceição ao dizer que a morte de Savimbi foi a “remoção do obstáculo a paz” em Angola.
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