A IMAGEM DOS SEGURANÇAS PRESIDENCIAIS - JOSÉ GAMA



(o incidente na manifestação de angolanos em Londres)


A agressão contra o angolano “Man Nacho”,  por parte de um segurança  presidencial que, na passada semana,   escoltava a primeira dama Ana Dias Lourenço, em Londres, trás ao debate uma das motivações com que levou  consultores da ONU  a mostrarem resistência  a  uma antiga proposta de Angola para  enviar os seus militares para integrarem uma missão de manutenção de paz da ONU, República do Centro Africano. Apesar  de se reconhecer experiência de guerra nas FAA, os consultores da ONU, alegavam  o exercito angolano 

não oferecia  garantias em como lidar com motins em situação de paz. Por exemplo, como reagiria  um soldado  das FAA ao seu cuspido por um manifestante revoltado durante um motin? Qual o seu grau de contenção para controlar o espirito de violência ?  




Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


Estava-se em 2013, e o auto-convite de Angola não passou.


Nos vídeos que circulam  sobre a agressão contra  “Man Nacho” no hotel “Grosvenor House London”, há uma passagem marcante. Enquanto o segurança angolano jogava  com uma  garrafa de água contra “Man Nacho” , quando este dizia que queria falar com Ana Dias, os seguranças britânicos aproximaram educadamente da vitima  pedindo desculpas e apelando que o mesmo fosse para fora do hotel. 


O episodio mostrou o nível de preparação e educação dos seguranças dos dois países (Angola e Inglaterra). Seguramente que “Man Nacho” teria um outro fim se o episodio se realizasse em Luanda. 


Em 2013, a  mídia  internacional reportou  um episodio idêntico de falta de controlo quando o jornalista Danny Ghosens e o seu operador de câmara, do canal holandês PowNed, foram agredidos  por elementos da segurança da   embaixada de Angola em Haia. 


Um cenário semelhante (mas de contenção),   aconteceu no inicio da década com Jonas Savimbi em visita a  Londres. Certo dia a falecida  ativista branca sul africana anti-apartheid, Ruth First, jogou-se contra o líder da UNITA,  quando este saia da Chattan House, onde fora discursar. Ruth, chamou nomes a Savimbi tratando-lhe por traidor que se alinhou ao regime do Apartheid. 


Tanto Jonas Savimbi como os seus guarda-costas, e os dirigentes da UNITA (Jereminas Chitunda, Jaka Jamba, Tito Chingunji) que o acompanhavam, não se moverem. Savimbi deixou-se ser agredido.  Se os guardas de Savimbi  tivessem se gesticulado ou colocado as mãos em  Ruth First, haveria repercussões  negativas  contra a imagem de  Jonas Savimbi, que estava a projetar-se a nível internacional.  Como ninguém se mexeu, para retaliar a ativista,  o assunto morreu e não foi objeto de notícia  nos mídias internacionais. 


Foram os serviços secretos da Inglaterra (MI6), que em 1975, providenciaram formação em  “segurança  presidencial”, aos oficiais de Savimbi, nomeadamente Altino “Bock”, Tito Chingiunji e Teodoro Sikuete.  O próprio Jonas Savimbi,  recebeu na jamba formação de como se controlar em actos do gênero, pelas mãos dos ingleses. Na  formação feita,  colocaram Savimbi a andar como se estivesse numa passarela. De seguida os homens da MIˆ, foram pegar jovens da  UNITA que falavam inglês,  a repetir varias  insultos  possíveis  em inglês enquanto Savimbi passasse  para que  o mesmo  ficasse já familiarizado com os palavrões.  Foi assim que quando Ruth Firt o agrediu, Savimbi já estava preparado . A Ruth viria morrer depois vitima de uma carta bomba, em  Maputo, onde ela se exilara e  lecionava na Universidade Eduardo Mondlane. 


José Gama






Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

Postar um comentário

0 Comentários