Retrato falado: o poder angolano de A a Z: GEMCORP e OMATAPALO



GEMCORP


Contrariamente ao Grupo Carrinho e à OMATAPALO, a Gemcorp é, simultaneamente, gestora, intermediária, mutuante e importadora. Segundo o semanário Expansão, só em 2008, "o Estado pagou cerca de 400 milhões USD (fora juros) em dois financiamentos da Gemcorp para pagar à Odebrecht, que apenas recebeu 300 milhões, pela sua participação nas obras da barragem de Laúca. Os restantes 100 milhões ficaram na posse do financiador, a Gemcorp, que desenhou o acordo para conseguir ganhar estes milhões em poucos meses". Esse grupo empresarial baseado em Londres, que detém dezenas de contratos com o Estado angolano, em valores a rondar incalculáveis milhões de dólares, é também o investidor e, simultaneamente, responsável pela construção da Refinaria de Cabinda, num investimento inicial avaliado em 920 milhões de dólares norte-americanos, mas que, agora, ultrapassa os mil milhões. Um comunicado de imprensa da petrolífera estatal SONANGOL, lidera por Sebastião Gaspar Martins, classificou o acordo como estando "em alinhamento" com a sua estratégia de investimento. Através da sua relação promíscua com o Estado, a Gemcorp é também o maior gestor de activos externos do BNA e um dos maiores credores do banco central. São dezenas e dezenas de contratos e de 'kilapis' que tornam refém o Estado angolano a este grupo empresarial com ligações à Russia, segundo a Bloomberg. 







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OMATAPALO. 


Construtora nacional fundada em 2003, no Lubango, e que já teve como accionista relevante o finado general Kundi Paihama, uma das figuras emblemáticas do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que assumiu diversos cargos políticos, como de governador das províncias da Huíla, Benguela, Cunene, Huambo e Luanda e ministro do Interior, da Segurança do Estado, da Defesa e dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria. Em abono da verdade, se tivermos em conta o portfolio das empreitadas públicas em que esteve envolvido, directa ou indirectamente, o Grupo OMATAPALO teve sempre os seus tentáculos no círculo do poder. Mudou-se de rosto no Palácio da Colina de São José, mas a vitalidade e a influência desta empresa mantiveram-se intactas. Com a nomeação do accionista principal a membro do Conselho da República, o milionário Luís da Fonseca Nunes, mais tarde governador da província da Huíla e, actualmente, governador de Benguela, o nome OMATAPALO passa a ser referenciado com frequência nos ajustes directos com selo presidencial. A OMATAPALO, a holding de Luís Nunes, que possui uma fortuna pessoal estimada em mais de mil milhões de dólares norte-americanos, detém participações em mais de 20 empresas dos sectores da construção e engenharia civil, agro-industria, da madeira, granito, agro-alimentar, hotelaria, transportes interprovinciais, manutenção de redes de energia, gás e telecomunicações, exploração de inertes, recursos mineiros e lapidação de pedras ornamentais, venda e assistência de automóveis e máquinas agrícola.


Nelson Francisco Sul | Novo Jornal




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