Comentárista residente da RNA preocupado com o partido UNITA por querer que europeus não amigos do MPLA sejam observadores das eleições em Angola



No «África Magazine» deste sábado, MATIAS PIRES (MP), um dos comentadores residente do programa da RNA, criticou de forma áspera o facto de alguns partidos - deixou subjacente a UNITA- estarem seriamente engajados em trazer ao país os OBSERVADORES INTERNACIONAIS às eleições de Agosto próximo. 


Em sua opinião, com a qual concordo parcialidade, a qualidade das nossas eleições dependem dos angolanos e não dos observadores estrangeiros, pois estes terão apenas como tarefa aferir se as mesmas foram livres, justas e transparentes. 

No entanto, MP não escondeu a sua aversão à presença de tais observadores às eleições na mesma linha de pensamento que ultimamente tem caracterizado a postura dos dirigentes do partido governante quando se fala em fiscalização do processo eleitoral.




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No seu comentário sobre o assunto, o também professor do Instituto Superior de Relações Internacionais foi de todo infeliz quando evocou um suposto direito de RECIPROCIDADE que abriria a possibilidade de observadores angolanos fiscalizarem às eleições em França ou Portugal. 

Das duas, uma: ou MP quis apenas «mostrar serviço» no sentido de agradar o regime ou ele acha de forma desastrada que os angolanos, que são meros aprendizes da democracia, têm lições a dar aos países de democracia consolidada e exemplar no mundo...

Comparar a qualidade das eleições francesas ou portuguesas às angolanas só cabe mesmo na cabeça de Matias Pires. Ainda que as eleições nos dois países europeus não sejam perfeitas, ninguém em pleno uso das suas faculdades mentais faria tal comparação.

Em Portugal como em França, o poder reside nas instituições e não nos líderes políticos e as mesmas inspiram confiança aos seus eleitores. As CNE nos dois países não são de cariz partidário, mas órgãos verdadeiramente independentes e transparentes.

Nos dois países, as Constituições não são alteradas à porta das eleições para acomodar interesses partidários. Neles, faz-se a contagem de votos em todas as freguesias e " bualas" e o poder é disputado, não apenas verticalmente, mas tbm horizontalmente, por via das Autarquias. Numa palavra: as instituições do Estado, os tribunais, a comunicação social e o erário não são usados para atacar ou/e silenciar os adversários políticos incómodos. Lá, não há Manicos e Laurindas que são levados ao colo pelo poder político, existindo uma verdadeira separação de poderes.


Ilidio Manuel 



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