MANIFESTAÇÃO HISTÓRICA PARA POSTERIDADE - JOSÉ GAMA



A manifestação “anti – lista da UNITA”, realizada esta semana em Luanda, por  Rafael Mukanda, da UNITA,  tem tudo para ir para história como o exemplo mais brilhante da abertura democrática   do governo do Presidente João Lourenço, se comparado ao dos lideres que lhe antecederam no cargo. 

 

Foi  a primeira manifestação  feita em  frente ao portão (cor de rosa)  dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), algo impensável há 12 anos quando oficiais desta mesma  instituição assassinaram  Cassule/Kamulingue por  realizarem  uma manifestação pelos direitos  (subsídios) dos antigos combatentes. 





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Foi a primeira manifestação que as autoridades não se importaram que  fosse realizada  há menos de  100 metros de um órgão de soberania violando  a constituição. Foi a primeira manifestação em que a Policia esteve presente a proteger a violação a lei e seus protagonistas. Os seus autores para além de violarem a lei, tiveram direito a proteção policial,  direito a fotografo do governo e cobertura televisiva em que os   pudessem falar os minutos que bem entendessem sem terem sido  interrompidos ou censurados. 


Foi  algo que até poucos anos   era impensável tendo em conta que foi no tempo do antecessor de JL, que  a UGP,  pela mãos  do soldado Desidério Patrício Barros,  assassinou a  queima roupa, o engenheiro Manuel de Carvalho Hilberto Ganga,  por alegadamente ter colocado cartazes a metros de órgãos de soberania. Os cartazes exigiam responsabilização aos  autores dos assassinatos de  Cassule/Kamulingue.


É caso mesmo para dizer que estão acontecer coisas impensáveis. Rafael Mukanda,  pode amanha ir a uma Igreja e dar o seu testemunho de ter  sido  o primeiro suposto opositor do regime   a levar as siglas da UNITA,  em frente ao portão do SINSE, e que saiu de la vivo.


 Se o nossos deputados e acadêmicos do MPLA,  João Pinto, Fontes Pereira, Kajinbanga, e outros forem a RTP, ou CNN falar sobre a democracia em Angola, poderão citar esta “manifestação histórica” como exemplo que o Governo permite realização de arruaças  até mesmo no portão do SINSE, em frente dos tribunais,  algo  que era  impensável na era de JES.


José Gama 



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