João Manuel Gonçalves Lourenço, esteve nesta terça-feira (10) reunido com alguns colaboradores mais próximos para pontualizar sobre o estado de saúde do seu antecessor, José Eduardo dos Santos, que se encontra a receber tratamento médico em Barcelona.
A informação prestada/partilhada foi de que o estado de saúde de Eduardo dos Santos requer atenção acrescida visto que o mesmo se encontra num quadro com quadro de dificuldades de fala e de locomoção.
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O quadro de saúde de JES, foi alarmado depois de um dos seus guarda-costas, ter comunicado Luanda, que o antigo estadista teria perdido, o que encorajou as autoridades a enviarem os seus familiares mais próximos há cerca de duas semanas. O ex-Presidente terá perdido cerca de 20 kilos.
Na sequência de acertos com as autoridades, a antiga primeira dama Ana Paula dos Santos, com quem o estadista estava separado há mais de cinco anos, foi igualmente despachada a Barcelona, depois de os seus filhos terem interpelado a JES, para que a mesma pudesse estar também ao seu lado.
Joseane dos Santos, a filha responsável pela interpelação terá convencido o pai com o argumento de que no Dubai, o mesmo havia permitiu que a mãe de Isabel o visitasse, e em Luanda, permitiu também que a mãe dos outros irmãos (Tchizé e Zedu) o visitasse por cinco vezes na residência do miramar. JES considerou o pedido da filha que lhe convenceu dizendo que a mãe ficaria apenas por umas “semanitas”, e que depois seguiria para outro destino (Inglaterra e EUA).
Fontes do Club-K, disseram entretanto, que o envio de Ana Paula dos Santos, terá sido uma medida antecipada do regime, por temer que uma tragédia acontecesse com o antigo Presidente, fora do país e fora do seu controlo de decisão.
Em Barcelona, as despesas hospitalares de JES estão sobre a responsabilidade da filha Isabel dos Santos, e é a ela que os médicos comunicam sobre quem pode ou não visitar JES.
Com a chegada de Ana Paula dos Santos, os poderes ficam com a antiga primeira dama visto que é ela a esposa casada, independentemente de terem estado separados depois de cinco anos. Em caso de qualquer fatalidade, a vontade de Ana Paula é que poderá prevalecer, e não as das “filhas perseguidas”.
No fundo, segundo as mesmas fontes, o regime teme que num cenário de não resistência de luta de JES, as “filhas perseguidas” de JES, possam tomar decisões não correspondente a vontade do governo de João Lourenço, propicia para uma batalha que se pode ser transportada para os tribunais e desgastar a imagem do regime. Com a presença de Ana Paula dos Santos e de uma irmã de JES, Marta dos Santos, o regime conta com aliados confiáveis para não vir a sofrer embaraçados de brigas com as “filhas perseguidas” do antigo Presidente.
Club- K
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