Tornados obrigatórios para a entrada em Angola pelo aeroporto internacional de Luanda, não está distante o dia em que os testes rápidos de Covid-19 serão responsáveis por ataques vasculares cerebrais ou outras doenças fulminantes.
Desde que a ministra da Saúde “descobriu” que nenhuma estirpe da Covid-19 sobrevive aos testes antigénios, desembarcar em Luanda tornou-se numa epopeia que requer dos passageiros, nacionais e estrangeiros, nervos de aço.
Às longas filas de passageiros, que resultam da aterrissagem, simultânea, de duas ou mais aeronaves, que, em muitos casos, coincidem com o colapso do sistema de pagamento do teste, esta semana juntou-se uma novidade: a ausência da empresa que faz os testes.
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Aconteceu com os passageiros que chegaram a Luanda na manhã de quarta-feira, 11, provenientes da cidade alemã de Frankfurt.
Com a fidelidade do original de um relógio suíço, a avião da Lufthansa “desovou” os passageiros às exactas 5.30 minutos.
Escoltados em autocarros até ate ao hangar de testagem, os passageiros foram completamente tomados pela incredulidade: não estava lá uma vivalma.
E, para não variar, nenhum dos empregados do aeroporto que fazem o papel de “guardas prisionais” tinha a mais leve explicação para a inusitada situação.
Os primeiros empregados da empresa que faz os testes chegaram passados quase 60 minutos. Mas, e também para não quebrar o padrão, nenhum deles se dignou dar qualquer justificação aos passageiros.
Na quinta-feira, 11, o sistema de pagamento não colapsou, mas o último passageiro foi testado quase duas horas depois de haver desembarcado.
Chamada à pedra para se explicar, a ministra da Saúde não viu em mais essa derrapagem qualquer elemento susceptível de causar transtornos aos passageiros ou de lesar a reputação do país.
Numa leviana mensagem que enviou a seus superiores hierárquicos, Sílvia Lutucuta imputou o transtorno, mais um, causado aos passageiros a “um pequeno impedimento no acesso ao hangar”.
A ministra da Saúde não identifica a entidade que teria provocado o “pequeno impedimento no acesso ao hangar” e muitos menos garantiu aos seus superiores hierárquicos a prevenção dessa e de outras arrelias por que passam todos os passageiros que entram no país a partir do aeroporto internacional de Luanda.
Há pouco menos de três semanas, a aterrissagem, quase simultânea, de três aviões provenientes de Lisboa (2) e Paris entupiu por completo o hangar de testagem e muitos passageiros só foram atendidos depois de mais de 5 horas. E a esse tempo, os passageiros tiveram de somar o que é indispensável nas filas de passagem de fronteiras e o do exame da bagagem pelo único aparelho da RX que funciona num aeroporto a que as autoridades angolanas deram a classificação de internacional.
O teste antigénio da Covid-19 é um capricho exclusivo de Angola.
Em todos os países adultos, em que se respeita o tempo do cidadão, o certificado de vacina substitui os testes quer antigénio quanto o de RT-PCR.
À exigência do teste de RT-PCR a quem viaja para Angola, as nossas autoridades acrescentam a obrigatoriedade do teste antigénio pôs-desembarque.
Exigida por todas as companhias aéreas que voam para Angola, a apresentação do teste RT-PCR não é requerida à chegada ao país.
Dir-se-ia que, para as autoridades angolanas, o teste RT-PCR, que não é barato em parte alguma, perde validade durante o voo.
O Ministério da Saúde não assume qualquer responsabilidade sobre os passageiros que perdem voos de ligação em virtude das longas horas em que são retidos em filas para os obrigatórios testes rápidos.
O mesmo se passa com a AGT (Autoridade Geral Tributária) que, com um único equipamento de raio X num aeroporto dito internacional, mostra total desprezo aos afazeres dos passageiros.
O que tanto o MINSA quanto a AGT fazem é demonstração do que todos sabem: há uma entidade que se sobrepõe aos cidadãos, contribuintes e votantes.
Correio Angolense
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