Se me fizessem essa pergunta eu responderia dizendo que não, e diria mesmo de que há até um certo perigo pela forma como tem sido feita a abordagem.
Sobre aquele que foi o mais terrível e tenebroso acontecimento de triste memória ocorrido numa Angola já considerada como país independente quando se referem aos protagonistas.
Eu pessoalmente não tenho gostado da forma como quando se fala deste acontecimento com a repetição constante, permanente e parece treinada.
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Se realçando quase sempre os mesmos nomes, como se a história dos acontecimentos do dia 27 de Maio se resumisse simplesmente á essas figuras que todas as crianças já decoraram seus nomes.
Enquanto outras são ignoradas quase nunca mencionadas, ninguém sabe quem foram.
O seu antes , as suas origens enquanto de outras até já se sabe que fumavam e qual era a cor da sua saia, vestido ou calça quando foi detido.
Mas se quisermos usar essa história feita por homens, mulheres, crianças, ricos e pobres, governantes e governados.
Por assassinos e assassinados de um lado e do outro, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns de todas as raças em Angola.
Também como elemento de educação para a nossa sociedade precisamos direcionar.
As nossas investigações para mais direções ou seja, não se limitar só aos mesmos nomes sempre de Nito Alves, Zé Van Dunem e Sita Valles por exemplo.
Ja como no processo dos 15+2 onde o Luaty Beirão foi mencionado três mil e poucas vezes.
Enquanto os outros todos juntos nem 300 vezes sequer e nem tiveram aquela cobertura e atenção toda quase especial visto como o único herói, o mais bravo.
Ao informarmos sobre esse acontecimento deveríamos fazê-lo de forma mais ampla citando mais nomes possíveis.
Repito, e não se limitar quase sempre citando as mesmas pessoas como se querendo já se construir uma estátua ou monumento para uns e não para outros.
Só fazendo isso, ajudamos essa geração e vindouras a compreender melhor a dimensão daquele acontecimento, valorização e respeito por todos os elementos.
E nossos relatos assim servem como instrumento de conscientização para os angolanos e para a tarefa de construir uma Angola melhor.
Uma sociedade justa, tolerante, harmoniosa e sem mais espaço para um outro 27 de Maio sangrento.
Continuarei até porque tenho outras sobre o 27 de Maio que vou publicar ao longo desta semana em memória pela data que se avizinha.
Fernando Vumby
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