Combate à corrupção de JLo já causou três mortes, dois foram na família de Augusto Tomás



Um levantando independente indica que desde que as autoridades angolanas desencadearam o combate contra a corrupção em Angola, já causou, desde o seu inicio, três mortes no seio de famílias no regime.


A primeira morte aconteceu em Fevereiro de 2021, com Manuel Antônio Paulo, antigo director do Concelho Nacional de Carregadores que cumpria prisão domiciliar desde 2018.




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Manuel Antônio Paulo, sofria de problemas de coração e viu os serviços prisionais recusar-lhe o pedido para se deslocar ao exterior a fim de mudar a bateria do pacemaker que usava no coração. Aos 29 de janeiro de 2021, Manuel Paulo teve uma paragem cardíaca, na sua residência, em Luanda,  onde cumpria prisão domiciliar, e foi levado para a clinica sagrada esperança onde faleceu. No ponto de vista dos seus familiares, se o governo angolano tivesse autorizado a sua deslocação ao exterior, o destino de Manuel Paulo poderia ter sido outro, e não a morte.

 

Um ano antes da morte de Manuel Antônio Paulo, as famílias do regime haviam perdido, num mês de setembro, Mariana da Silva alegadamente por desgosto pelo que estava acontecer com o filho Augusto da Silva Tomás. Antiga vendedora de peixe em Cabinda, Mariana Silva desconhecia sobre o que estava a se passar exatamente com o filho. Quando tomou conhecimento que Augusto da Silva Tomás estava preso, a senhora pedia  a toda a gente que a visitasse para que transmitissem a João Lourenço que queria o seu filho de volta. Em setembro de 2002, a velha foi parar ao hospital e faleceu. No seguimento da sua morte, o esposo  deixou de comer alegando que não poderia faze-lo sem saber se o filho estava também  a comer ou não. Passado dois meses, o velho morreu.

 

Augusto Tomás continua preso havendo relatos da imprensa angolana indicando que estava a ser  submetido a cenários de humilhação. Os serviços prisionais recusaram que o mesmo dé seguimento ao tratado da fisioterapia decorrente do problema nos pulmões após ter contraído Covid-19. De acordo com o que circula em Luanda, as autoridades negaram lhe também o privilégio a que tem direito de passar os finais de semana em casa, uma vez que já cumpriu um terço da sentença. Alega-se que os responsáveis da cadeia invocam aguardar orientações superiores da “cidade alta”.


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