De acordo com o diário oficioso angolano de quinta-feira, o nosso Ministério das Relações Exteriores comprometeu-se a ensinar a língua portuguesa a diplomatas equato-guineenses.
O compromisso foi solenemente anunciado pelo titular das Relações Exteriores de Angola, Teté António, no final da segunda sessão da Comissão Mista Permanente de Cooperação entre Angola e a Guiné Equatorial, que trouxe a Luanda o chefe da diplomacia de Malabo.
Nos termos do acordo assinado, é a Academia Venâncio de Moura que chamará a si a tarefa de introduzir diplomatas da Guiné Equatorial nos complicados labirintos da língua portuguesa.
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O compromisso que Angola acaba de assumir suscita uma pergunta: se a Academia Venâncio de Moura pode dar a equato-guineenses ferramentas para manejarem melhor a língua portuguesa, por quê será que não arrumou, primeiro, a sua própria casa?
É que, tanto no próprio MIREX quanto nas diferentes embaixadas espalhadas pelo mundo, a língua portuguesa não é tratada com meiguice. Muito pelo contrário.
Em muitas representações diplomáticas é mesmo difícil saber a língua oficial de Angola. Numas tantas, os funcionários exprimem-se melhor em lingala, uma língua estrangeira.
Ao adoptar a Academia Venâncio de Moura como porta de entrada no complexo mundo da língua portuguesa, a diplomacia da Guiné Equatorial mostra que ou desconhece o que a (nossa) casa gasta nessa matéria, ou sucumbiu à lábia do jovem embaixador Luvualo de Carvalho (na foto), um descendente de Catete que navega bem nas nem sempre mansas águas do idioma de Camões.
Seja como for, cedo ou tarde, os equato-guineenses perceberão que lhes foi servido gato no lugar do coelho.
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