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1.° De Agosto em risco de descer de divisão por dívidas

CARLOS JORGE, O HOMEM QUE PARTICIPOU NO INTERROGATÓRIO DE NITO ALVES



António Carlos Jorge, nascido aos 24 de fevereiro de 1949, é uma das figuras dos massacres do 27 de maio de 1977, de que sobre o mesmo só se  ouvem relatos menos bons  pelo prazer que tinha nos actos de  execuções. A falecida investigadora Dalila Cabrita descreveu lhe como integrante do grupo que interrogou e  executou Nito Alves. Mas é Fernando Vumby que descreve-lhe  como “um dos mandões das cadeias políticas de Luanda uma espécie de diretor-geral promovido á moda atípica onde a cor da pele, familiarismo, amiguismo e padrinho na cozinha contou como vai contar sempre tudo indica, que frequentou as escolas dos serviços secretos cubanos”. 



Segundo Vumby  “Quando Carlos Jorge  regressou de Cuba, se calhar fanatizado com o nome de algum seu professor das escolas da secreta cubana, gostava que lhe chamassem por Mariguelas -nome este que não pegou - acabando por ficar a ser mesmo mais conhecido por Kajó”.




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PARTICIPAÇÃO NA EXECUÇÃO DE NITO ALVES 


«A indicação para o seu fuzilamento [Nito Alves] terá sido do presidente da República, embora na Fortaleza, onde estava, a ordem tenha sido dada por Iko Carreira, Henrique Santos (Onambwé) e Carlos Jorge. Nito não quis que lhe tapassem os olhos, pois queria ver os que o iam matar. O corpo foi varado por umas três dezenas de balas. E um dos chefes ainda lhe foi dar o tiro de misericórdia. O seu corpo foi atirado ao mar, com um peso.» Dalila in Purga em Angola 


«Carlos Jorge, Pitoco e Eduardo Veloso chicoteia-no [a Costa Martins], batem-lhe com um pau com espigão de ferro, massacram-lhe as costas com correias de uma ventoinha de camião. Ao chicote chamavam Marx e, ao espigão, Lenine. Uma das vezes puseram-no numa sala, junto a uma máquina de choques eléctricos. Ainda cheirava a carne queimada.» - Dalila in Purga em Angola.


“Divagava eu pela noite, o quanto me era permitido, quando a redação foi bruscamente interrompida. O comando foi invadido por um dos mais temidos carrascos, Carlos Jorge, seguido de uma outra não menos sinistra personagem, figura escanzelada e algo corcovada, de cognome “Cansado”.  - José Reis, sobrevivente, a DW.


Ficamos no “corredor da morte”. Aí, sob o tenebroso olhar de Carlos Jorge, fui ameaçado de morte por um agente pidesco da DISA chamado Inácio - José Fuso, sobrevivente, a DW


“Aí, sob o tenebroso olhar de Carlos Jorge, fui ameaçado de morte por um agente pidesco da DISA chamado Inácio. Éramos 44 e sobramos 22..." - José Fuso, sobrevivente, a DW.


“O seu chefe de repartição Ordena-lhe que volte ao cemitério e aguarde. O cacimbo ensopa-lhe a roupa quando, de madrugada, param no portão dez carrinhas celulares. Carlos Jorge e Nelson Pinheiro (Pitoco), elementos da DISA, chefiam a expedição que estaciona junto a uma vala comum de 200 metros. Mal os prisioneiros se apeiam, soam rajadas das Kalachinov. Alguns ainda têm tempo de gritar: Salvem-me que eu não fiz nada. Pitoco, chefe do pelotão de fuzilamento, atende rápido ao apelo das vítimas: Esse é perigoso, fica para mim. Um dos coveiros aplana a terra da vala com um tractor. Ainda se ouvem gemidos. O chefe do cemitério está aterrorizado e Pitoco avisa-o: Em Angola não pode haver uma contra-revolução, por isso, se falares, vais fazer companhia a estes." -  AMÉRICO CARDOSO BOTELHO, in Holocausto em Angola.


José Gama 




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