A concessão recente à UNITA de um crédito de um montante em kwanzas equivalente a 500 mil dólares,fez aumentar a pressão que o Banco Nacional de Angola exercer ao Banco BIC para se fundir com o BNI e para “resolver” a participação accionista de Isabel dos Santos
No seguimento da concessão do referido crédito à UNITA, cuja autorização terá sido ditada pelaobservância de estritos critérios de “compliance”, o BIC não só passou a ser sujeito a sucessivas acçõesde fiscalização do BNA, como não conseguiu até agora substituir três administradores afastados por força de uma nova norma do BNA que passou a limitar a três mandatos o exercício de cargos administrativos, de acordo com uma publicação do Africa Intelligence.
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Por efeito da referida norma, que igualmente passou a vedar a grandes accionistas (mais de 40%) o exercício de funções administrativas em instituições financeiras nacionais, Fernando Teles, fundador do BIC tinha já perdido os cargos de presidente do Conselho de Administração (CA) e da Comissão Executiva.
“A oposição do BNA à nomeação de novos administradores tem sido justificada com o argumento de que os cargos em aberto se destinam a ser preenchidos por nomeações a efectuar peloBNI”, escreve a publicação.
Reduzido a apenas quatro membros, o CA está a funcionar irregularmente por incumprimento da regra que obriga os órgãos administrativos das sociedades anónimas a ter uma composição ímpar e o BNA tem usado a circunstância como artifício para abreviar a fusão com o BNI, do mesmo modo que aproveita conclusões menos positivas das suas acções defiscalização para a pressionar, denuncia.
Segundo o Africa Intelligence, Isabel dos Santos terá numa recente Assembleia Geral do BIC, em que participou remotamente, manifestado intenção de vender a sua participação neste banco.
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