MPLA ARRISCA-SE A PERDER MAIS DE DOIS MILHÕES DE VOTOS EM LUANDA POR CAUSA DO GARIMPO DE ÁGUA



É unanime o sentimento de que no que toca a energia eléctrica o sentimento é de que em Luanda a mesma se encontra estável, mas em relação a água para além do factor da capacidade de produção e distribuição ainda ser insuficiente tendo em conta que a capacidade instalada e a rede de distribuição permitem apenas o fornecimento tanto em regime domiciliar como em chafarizes, calcula-se que procura total actual seja de 850.000 m3/dia, mas trata-se de uma procura contida porque a capacidade de produção diária é de apenas 500.000 m3/dia, se tivermos em conta uma população estimada em mais de 7.2 milhões de habitantes poder-se-á então deduzir que cerca de mais de 40% da dos habitantes de Luanda não têm acesso a água potável.  Se tivermos em conta o principalmente garimpo da mesma água e os desperdícios quando o acontecem, esta percentagem de pessoas sem acesso a água aumenta para 55%, assim sendo poder-se ia deduzir facilmente que o garimpo contribui em mais de cerca de 30% na falta de acesso a água potável em Luanda.


Está também provado que mais de 65% do abastecimento da água em Luanda tem sido feito por cisternas, por incrível que pareça estas mesmas cisternas devem comprar o m3 (1.000 litros) de água nas girafas a 258 Kzs conforme preço estabelecido por lei, no Diário da República, segundo o Decreto Executivo Conjunto nº 230/18, de 12 de Junho, dos Ministérios das Finanças e Energia e Águas( http://www.epal.co.ao/docs/Plano-Tarifario-da-Agua-Potavel-Diario-da-Republica.pdf ). Infelizmente ainda assim as cisternas revendem ao preço de 2.000 Kzs por cada litro, portanto uma diferenças abismal de cerca de 1.342 mais em relação ao preço a que compram nas girafas.



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Esmiuçando a questão e a colocando num formato simples, pelo preço ditado por lei o camião cisterna compra 25 litros de água na girafa a 6,45 Kzs, mas revende a 50 Kzs ao comprador, não sendo o comprador o consumidor final, porque existem o caso das revendas por parte de detentores de tanques e grandes reservatórios que aumentam o preço de 25 litros para 100 Kzs, comprando ao preço de 100 Kzs o Kupapata revende depois ao consumidor final os mesmos 25 litros a 200 Kzs. Pode-se assim constatar que existe uma diferença abismal entre o preço de compra e o preço de venda ao consumidor final.


Mas como acima frisado, a maior parte desta água vendidas em tanques (em domicílios e quintais) e cisternas, provêm do garimpo de água, neste caso são os mesmos elementos que perfuram as condutas de água e redes de distribuição, fazendo com mesmo em áreas com a canalização já instalada no âmbito dos vários projectos tais como os chafarizes e as 700 mil ligações a mesma água não chegue ao destino, porque no meio percurso alguém beneficia-se de forma criminosa em detrimento as vezes das populações de bairros ou mesmo distritos inteiros, isto ocorre com o beneplácito de algumas das autoridades locais, tanto a nível de município, distrito e bairros, outros casos ainda fomentados pelos próprios funcionários da EPAL que sabem onde passam as condutas e canalizações e as desviam para o garimpo.


Urge portanto um combate cerrado da parte das forças da ordem no sentido de repor numa primeira fase o curso normal das condutas, sancionando severamente os garimpeiros e os seus cúmplices, aliás o novo Código Penal já prevê multas e sanções mais gravosas. Somente acabando com o garimpo vai permitir que se adicionem cerca de mais de 3 milhões de habitantes de Luanda que não têm acesso a água potável, enquanto o MINEA termina os projectos e esforços tendentes ao aumento da capacidade estimada de aumento para que se corresponda a necessidade real dos 850.000 m3/dia, porém deve-se frisar que não importa os esforços para o aumento da capacidade de bombeamento de água se não se combater eficazmente o garimpo da mesma.


O MPLA arrisca-se a perder votos porquê? Uma residência principalmente nas áreas periféricas e mais pobres, por conseguinte as mais populosas, tem um consumo mínimo de 25 litros de água por dia, as vezes para uma família de até cinco membros ou mais, estas mesmas famílias têm no máximo um rendimento diário que as vezes nem sequer chegam aos 500 Kzs, dos quais têm que gastar diariamente 200 kzs para compra os 25 litros de água, mensalmente gastando 15.000 Kzs somente em água, o que para as mesmas é muito é um grande fardo.

Pelas contas anteriormente feitas, se tivermos em conta outros aspectos como o combustível das cisternas e Kupapatas e um relativa margem de lucro para os mesmos, a reativação dos chafarizes nalguns casos e o combate cerado ao garimpo, a água deveria chegar ao consumidor final com os 25 litros ao preço máximo de 50 Kzs e a menor preço naqueles casos em que reativem as ligações domicialiares, tendo em conta o Decreto supracitado.


Alexandre Manuel Luís




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