Nos últimos quatro anos, a comunidade católica nacional, com particular realce para figuras de proa da hierarquia da igreja têm vindo a chamar atenção aos problemas sociais, afigurando-se como o novo "irritante" aos olhos de quem governa.
O último comunicado da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) agudizou o turbilhão entre sacerdotes e militantes do MPLA, resultante de denúncias feitas pelo Clero católico sobre à fome no sul do país, intolerância política, golpes constitucionais, assassinato de reputação de adversários políticos, entre outros.
A relação azeda entre o Executivo angolano e a igreja católica está a ganhar contornos preocupantes, sendo que urge ao PR João Lourenço quebrar o silêncio sobre o posicionamento da CEAST e pôr fim às "hostilidades entre às partes", em prol do ambiente de paz e harmonia social.
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O "casamento" entre as autoridades angolanas e os representantes do Vaticano remonta desde o período de Angola independente. De lá pra cá, a parceria da igreja católica ficou cimentada nos sectores da Educação e Saúde, bem como políticas assistencialistas, através de centros de acolhimento de crianças e jovens desfavorecidos.
Não somos apologistas sobre as cenas de "pugilismo digital e verbal" que tem se registado após a reunião da CEAST, ocorrida recentemente em Benguela, opondo o núcleo duro pró igreja católica contra os defensores das fracassadas políticas sociais do MPLA.
Entretanto, partindo do pressuposto que a Constituição da República não impede os líderes religiosos de criticar a gestão da coisa pública, só resta ao titular do Poder Executivo abrir às portas da Cidade Alta e sentar-se à mesa com os "Homens de fé".
Acreditamos que o momento não deve ser de busca de protagonismo institucional ou pessoal, mas sim de diálogo aberto e transparente, sem revanche, entre os interlocutores válidos no sentido de atender o clamor dos bispos católicos.
A troca de mimos em nada contribui para o convívio pacífico que se pretende em ambiente pré-eleitoral. Maior parte da população angolana é católica, por essa razão, J'LO tem de ter uma postura de estadista para apaziguar o clima de tensão, que coloca de costas viradas a igreja católica e o poder executivo.
No plano das ideias, sobretudo do activismo cibernético, existe uma guerra declarada entre às partes que está prestes a resvalar em rota de colisão entre os "Bispos e Padres Revus" e alguns "advogados" do governo angolano, que não abona em nada o clima de crispação.
Luís de Castro
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