Contratação da INDRA: CNE não tem registo dos resultados das eleições passadas geridas pela INDRA


 

O analista politico e comentarista, José Gama, afirmou recentemente que a Comissão Nacional Eleitoral de Angola não tem nenhum registo dos resultados das eleições passadas realizadas no país, gerenciadas pela consultora espanhola INDRA que mais uma vez foi escolhida para gerir as eleições de agosto deste ano.

José Gama, afirmou que a INDRA tem levado consigo todos os resultados, impedindo os angolanos de obter os dados exactos das eleições realizadas no país, enviando apenas à um número restrito de pessoas para permite-lhes anunciar o vencedor da corrida para liderança do país.

“Angola é o único país da SADC que não tem os arquivos das suas anteriores eleições e se quisermos saber, por exemplo, os resultados do bairro Nelito Soares, do bairro Cuca, do bairro Canata no Lobtio ou do 27 de Março no Huambo, esses resultados não existem porque a INDRA leva consigo toda informação contida no Software que produz para Angola”. Afirmou o analista politico.


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O jornalista, que falava em resposta do comunicado da consulta INDRA enviado recentemente à Lusa, a garantir transparência e seriedade dos seus serviços em questões de logistíca no processo eleitoral, disse que caso alguém queira solicitar “os resultados das eleições de 2008, 2012 e 2017, não será possível porque esses ficheiros não ficam a disposição da CNE porque a INDRA leva e as destrói”.

A titulo de exemplo, o mesmo apontou o site da Comissão Eleitoral sul-africana que “se a pessoa entrar, consegue ter os resultados eleitorais de cada bairro nos respectivos municipios”, mas que, infelizmente isso “não acontece com a CNE de Angola porque a INDRA leva tudo” salientando que este seja um dos motivos para que se tenha “constantes suspeitas dos trabalhos que esta empresa espanhola tem feito no país”.

Para o analista, uma das formas de “descomprimir as suspeitas de eleições de fraudes e irregularidades na organização das próximas eleições marcadas para agosto, a INDRA deve ser desafiada a responder se no momento da transmissão dos resultados eleitorais das assembleias de votos para a CNE, pode também enviar ao mesmo tempo cópias dos resultados para centros de escrutínios paralelos a serem constituidos pelos concorrentes, neste caso, os partidos legalizados em Angola”.

De acordo com José Gama, esse é um “procedimento de transparência que acontece em todo mundo” acrescentando que a consultora espanhola “tem feito isso nas eleições do Uruguai bem como noutros países”.

Por outro lado, o comentarista explicou que os resultados das eleições são mandados apenas para o centro de escrutínio controlados pela Casa Militar e estes depois anunciam os resultados que quiserem”, reiterando que “ a fraude acontece neste momento de transmissão, onde são adulterados os resultados”.

De lembrar que a consultora espanhola INDRA venceu o concurso público para gestão das eleições gerais de 2022, feito pela Comissão Nacional Eleitoral em Dezembro do ano passado.



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