A propaganda neste cartaz sobre o ataque popular a sede do MPLA, no passado dia 10 de Janeiro, é um exemplo concreto daquilo que a investigadora Paula Cristina Roque, autora do livro “Governar nas sombras: o Estado securitário de Angola”, tem reiteradas vezes chamado atenção que “Num Estado securitário tudo é encarado como questão de segurança nacional”.
O governo poderia ter feito um cartaz moralizando a sociedade que a destruição de bens públicos e privados afecta a nossa economia, altera o OGE com despesas não programadas, que altera a estética da cidade e etc. O governo levou o assunto para o campo securitário transmitindo a destruição de bens trás “conflito”.
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O mais importante para o governo, não é estudar a origem dos descontentamentos, não é procurar soluções para os problemas dos grevistas. O importante é incutir na mente das pessoas que o que elas precisam é paz, segurança, e não comida na mesa. A propaganda dos estados securitários em África (Ruanda, Uganda, Sudão, Etiópia, Chad, Zimbabué), é toda ela assim, de ameaças de “conflito”.
A África do Sul foi abalada com incidentes do género ano passado mas a mensagem do governo foi mais educativa apelando as pessoas a “salvar a Africa do Sul”. No caso de Angola não se pede para salvar o país. Amedronta se as pessoas de que a destruição do “CAP do MPLA” pode levar o país ao “conflito armado”.
A propaganda do Governo de Angola, a começar pela imagem, é de violência; a da Africa do Sul é mais educacional.
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