Em Portugal é difícil fazer uma discussão séria e aprofundada sobre o sistema judicial e sobre o combate à corrupção. Porque há pouca vontade para isso e porque o sobressalto do caso mediático do dia torna difícil distinguir a árvore da floresta.
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O Ministério Público, que nos habituamos a celebrar ou a criticar à boleia do caso concreto, não é um monólito. Há de tudo. Hoje no Público, por exemplo, temos a Procuradora Geral Adjunta Maria José Fernandes (que surge sempre que é preciso fazer favores ao Governo) a exibir o MP mais servil e sabujo que temos.
São procuradores desta lavra (ou larva) que PS e PSD querem promover, para garantir o sossego do poder no que toca à corrupção. Essa (os partidos do centrão) é a ameaça externa à independência judicial. Magistrados carreiristas, sempre prontos a fazer favores ao poder, são a ameaça interna. É bom sabermos os seus nomes.
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