Há mais de uma semana a deambularem pelas ruas da cidade de Malange, na expectativa de uma audiência que o governador provincial se recusa a conceder-lhes, às 37 (e não 370, como erradamente escrevemos em texto anterior) autoridades tradicionais de algumas aldeias do município de Marimba juntaram-se outras dezenas, idas do município de Caombo.
Como as suas homólogas do município vizinho, também as autoridades de Cahombo querem chegar à fala com Norberto dos Santos “Kwata
Chegadas à cidade de Malange na segunda-feira, depois de um percurso de 190 quilómetros também feitos a pé, até quarta-feira, 26, as autoridades tradicionais de Cahombo não tinham recebido indicação nenhuma de que teriam melhor sorte nos intentos de serem recebidas pelo máximo responsável da província.
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No dia 19, perto de 40 autoridades tradicionais da aldeia de Tembo Aluma e arredores, em Marimba, chegaram à cidade de Malange para exigirem ao governador Kwata Kanawa a reparação das vias de acesso terrestre às suas localidades.
Isoladas das restantes localidades do município, as autoridades tradicionais de Tembo Aluma e arredores percorreram a pé os mais de 270 quilómetros que as separam da cidade.
Movidas pelo único propósito de receberem explicações oficiais para o seu isolamento terrestre, as autoridades tradicionais de Tembo Aluma e outras viram esse direito negado pelo governador provincial.
Às descontentes autoridades de Marimba juntaram-se, segunda-feira, outras dezenas, idas do município de Cahombo, mas esses deslocaram-se à sede provincial para reclamar de atrasos dos seus subsídios, que se prolongam por 9 meses.
Hoje 19 de Janeiro de 2022, cerca de 300 autoridades tradicionais do município de Marimba, província de Malanje, lideradas pelo Regedor Gaspar Manuel, soba”Dunge”, chegaram na cidade de Malanje para uma audiência sem sucesso com o governador provincial, tendo estes, percorrido mais de 270 Kms a pé durante duas semanas até à cidade de Malanje.
Na expectativa de uma cada vez mais remota possibilidade de serem recebidas pelo governador provincial, as autoridades dos dois municípios vão deambulando pelas ruas da cidade e sob fortes aplausos da população gritam palavras de ordem contra o MPLA e impropérios contra Kwata Kanawa, cuja demissão exigem com carácter de urgência.
Sem qualquer agenda oficial, as autoridades tradicionais de Marimba e Cahombo ontem incluíram no seu roteiro pela cidade uma visita à biblioteca provincial.
Através do Decreto Presidencial n.º 11/22 ,que actualiza as Medidas de Prevenção e Controlo da Propagação do Coronavírus, fo Executivo determina a obrigatoriedade de os estudantes com idade igual ou superior a 12 anos exibirem certificado de vacinação ou equiparado, sob pena de não poderem acederem aos seus estabelecimentos de ensino.
As localidades de Aluma e arredores são inacessíveis por via terrestre. A própria sede municipal de Marimba só é acessível a camiões ou jeeps com tracção às 4 rodas.
Não se sabe se o mais recente Decreto Presidencial considera medidas excepcionais de acesso às mencionadas localidades ou se, apesar de angolanos, os estudantes residentes em Marimba são excluídos da vacinação contra a Covid.
Desde que a cidade de Malange foi “tomada” por autoridades tradicionais de Cahombo e Marimba, o governador Kwata Kanawa não tem dado as caras, não se sabendo se está ou não na província.
O Correio Angolense não obteve resposta a um e-mail que dirigiu ao próprio governador questionando-lhe as razões por que se recusa a receber, em audiência, autoridades que percorreram, a pé, longas distâncias para serem ouvidas por quem é suposto ser o intérprete dos seus anseios e porta-voz junto do poder central.
Correio Angolense
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