Em que pé anda o processo de Matos Cardoso, o gestor que se tornou milionário à custa da FIL, lesou o erário público e abandalhou as “históricas” instalações da FILDA, que são consideradas por especialistas como um “património nacional”? As instalações da antiga Feira Internacional de Luanda continuam abandonadas e em escombros, diante do olhar de tanta gente que muito fala e pouco faz, que até parece conivência do Executivo para que tudo “morra” incógnito.
As culpas pelo estado em que ficou a antiga FILDA são atiradas a Matos Cardoso, indivíduo que fez e desfez para afastar quantos cruzaram o seu caminho para tornar-se no número um da FILDA e posteriormente da EXPO-Angola, empresa que realizava as feiras.
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Matos Cardoso, ao longo da sua gestão, teve muitos problemas por incompetência, arrogância e apetite em apoderar-se dos valores do erário público em proveito próprio. Foi assim que, depois de tanta “água correr por baixo da ponte”, o Tribunal Supremo ordenou o afastamento do antigo gestor da Expo, considerando que demonstrou não ser profissional idôneo na condução da gestão daquela instituição, pelo que “em sede própria poderá haver responsabilidade civil ou penal”.
A decisão ordenava ainda a manutenção provisória dos administradores que na altura foram afastados da gestão da Expo- Angola e substituídos pela figura de Matos Cardoso, até à realização de uma assembleia geral num prazo não superior 90 dias após decisão judicial entrar em julgado.
Entretanto, para analistas competentes, a decisão do Supremo Tribunal não teria efeitos práticos, uma vez que a gestão da FILDA foi atribuída à FIL em 2007 pelo Ministério da Indústria, empresa essa que, por sua vez, era administrada por Matos Cardoso, precisamente o elemento visado pelo Supremo Tribunal, e que foi, na altura dos fatos, administrador judicial da instituição que geria o espaço da FILDA.
“Ficamos à espera que Matos Cardoso apresente as contas do período em que geriu a Expo-Angola, para termos a situação completamente regularizada. Seria bom se ele harmonizasse a posição dele”, disse o gestor José Severino.
Severino, qual profeta, terá acertado no seu vatícinio, porque depois disso, a FILDA foi simplesmente canibalizada. É um assunto que a PGR deve investigar com urgência porque a “culpa não pode morrer solteira”.
O espaço onde sempre se realizaram s edições da Feira Internacional de Luanda (FILDA), desde o princípio dos anos 70, ainda no tempo colonial, está atualmente votado ao abandono e entregue à “bicharada”
Os pavilhões e os restantes edifícios administrativos vandalizados e estão todos arrombados, os tetos foram desmontados, as portas e janelas idem, gradeamentos, suportes, instalações eléctricas entre outros meios foram todos roubados sem que ninguém faça algo para impedir, mesmo com unidades policiais próximas.
Ultimamente o espaço tem sido usado par depósito de lixo e latrina pública a céu aberto, uma parte do que foi um vasto parque de estacionamento está a servir de parque para lavagem de carros entre outras “engenhocas”, como a venda de peças roubadas e drogas, principalmente a liamba.
Igualmente os pavilhões, já totalmente rebentados, servem de esconderijo de marginais e de lugar onde violam jovens e crianças, para além de assasinatos como já tem sido noticiado pela comunicação social.
Recorde-se que o presidente do conselho de administração da Feira Internacional de Luanda (FIL), Matos Cardoso, fora acusado de ter surripiado mais de dois milhões e 750 mil dólares dos cofres da empresa por um dos seus colaboradores diretos.
Recorde-se que ele fez parte da lista de gestores públicos condenados pelo Tribunal de Contas por descaminho de fundos públicos há alguns anos. Então, meus senhores, estes indivíduos, cujos crimes stão mais que provados continuam soltos porquê? Assim não vale; como se vai acreditar que se quer combater a corrupção, o peculato, branqueamento de capitais, nepotismo e a impunidade? Afinal estamos diante de quê?!!
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