O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, foi criticado este final de semana em meios defensores da separação de poderes, por ter usado uma aeronave do Estado, e outros bens públicos para o apoiar numa viagem partidária a província do Cuando Cubango, onde procedeu o lançamento da campanha do seu partido, MPLA.
William Tonet fala em “flagrante violação a Constituição”
Diferente ao inicio do seu mandato presidencial em que para atividades do partido usava aeronaves alugadas a particulares ou colocadas a disposição por empresários do MPLA, desta vez o Presidente João Lourenço, fez um recuo “usando o avião da Presidência da Republica comprado com os dinheiros do Estado, para o acto de lançamento da campanha do MPLA”, conforme notou uma competente fonte.
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“A viagem foi feita com meios da Presidência da República, avião, carros, protocolo, quando a actividade é do MPLA”, notou o jurista e igualmente veterano jornalista Willian Tonet, considerando tratar-se de “uma flagrante violação a lei e a Constituição”.
“O avião que o transportou tem a inscrição República de Angola, portanto pertence ao Estado”, notou uma outra fonte que não quis ser identificada argumentando que “a missão que o levou ao Menongue é do MPLA, o almoço foi pago pelo governador no palácio, os carros são todos do governo e tanto na partida de Luanda como no seu regresso, ao fim do dia os ministros deixaram de trabalhar para alinhados na placa do aeroporto receberem o líder do MPLA”.
A referida fonte recomenda que “o Presidente da República tem de deixar de ser presidente do partido, senão a corrupção, o uso, o uso indevido e o desvio dos bens do Estado para o partido que governo não vai parar”.
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