Lembro-me quando me desloquei ao Alto-Zambeze, em 2019, num trabalho de investigação contra o antigo governador do Moxico, João Ernesto dos Santos"Liberdade", que na altura tinha abandonado uma obra por concluir de um contrato de empreitada, feito consigo mesmo, para a construção de uma escola do tipo T14, no Kazombo, com o dinheiro pago na totalidade pelo Estado a favor da empresa do Sr. Liberdade, conforme o acordado entre as partes.
Nessa visita, aproveitamos avaliar o estado do município e saber o que realmente estava a ser feito pela Administração local em termos de infraestruturas e qualidades dos serviços que são prestados às populações com vista a mitigar um conjunto de dificuldades que enfrentam no dia-a-dia.
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Foi então que testemunhamos a reabilitação do mesmo jardim que hoje é objeto de mais uma obra, por uma outra empresa que não me vem à memória, mas sei que a mesma pertence à família Kanga, e era dirigida pela senhora Teresa, esposa do senhor Kanga. Isso foi em 2019, ano em que o Presidente da República, João Lourenço esteve lá no lançamento da primeira pedra do projecto PIIM.
Volvidos dois anos depois da primeira reabilitação, o referido jardim volta a ser orçado e entra novamente em obra, com elevadíssimos valores estimados em: 55.000.000,00 (cinquenta e cinco milhões de kwanzas), custo da obra e, 5.500.000,00 (cinco milhões e quinhentos Kwanza) valor da fiscalização.
Como se pode ver nas imagens, nada de extraordinário foi colocado no pequeno jardim que os levasse a gastar tanto dinheiro dos cofres públicos no âmbito do PIIM. Pelo que se pode constatar nas imagens, para além de capim, um pequeno passeio e alguns posts de iluminação, não há mais nada de importante que será (foi) colocado no tal jardim.
São gastos desnecessários num município onde a população passa fome, seca, pobreza extrema, não existe medicamentos no único hospital que existe, falta de iluminação pública, falta de água potável, falta de estradas e ruas asfaltadas, sem casas para os professores e Enfermeiros, só para citar. Dá-se prioridade aos jardim enquanto isso o povo continuará a viver das promessas, insultos e ainda assim dizem que os problemas das populações locais tem haver com questões étnicos ou tribais! Abutres.
Às imagens ilustrativas na maquete não é a mesma coisa com a realidade, há um contraste grande, é mais uma das formas que os gestores encontraram para roubar o dinheiro público, um capim qualquer não pode custar milhões de kwanzas num piscar de olho.
Gonçalves Mwandumba, governador do Moxico, o alegado maestro da corrupção nesta província, deve ser combatido e afastado com urgência da gestão do governo do Moxico, não está fazer nada de melhor... ele perdeu vergonha e não se esconde mais das práticas antigas. Mantê-lo cá, continuará a fazer do Moxico das províncias mais pobres e desgraçadas do país, causando mais vítimas com a sua catastrófica governação.
A Laulenu está a investigar também esse projecto!
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