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RESERVA ESTRATÉGICA ALIMENTAR: O NEW DEAL NOS PREÇOS DA CESTA BÁSICA- Benjamim Dunda



O Estado angolano tem feito aquisição de bens e produtos alimentares no mercado interno e externo para prover a Reserva Estratégica Alimentar (REA). 

A medida do Executivo visa regular e influenciar os preços no mercado, sobretudo dos produtos que integram a cesta básica.


Essa iniciativa enquadra-se na doutrina keynesiana, em que o estado assume o papel intervencionista na economia, em fases de crises, de modo a promover equilíbrio na relação entre a oferta e a procura e evitar especulações. 

Há um tempo para cá que o mercado angolano regista uma relação desigual entre a oferta e a procura, situação que encareceu os produtos da cesta básica. 




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Associado a isso, está o facto de ter havido uma quebra na cadeia de distribuição, causada pela falta de contentores nos mercados internacionais, o que afetou negativamente o comércio mundial. 


A crise econômica, agravada pela COVID-19, estrangulou o poder de compra das famílias, o que deixou o Executivo muito preocupado, ao ver o seu esforço de melhorar o bem-estar  comprometido.

O recurso do Executivo à Reserva Estratégica Alimentar (REA) tem como principais objetivos: o alívio nos preços dos produtos da cesta básica, a devolução do poder de compra das famílias e amenização  dos custos de importação de alguns operadores. 


Ao contrário do que se diz, o Executivo angolano recorreu à alternativa mais sensata da ciência económica, que é keynesianismo. 

O capitalismo é um sistema económico com vários expedientes doutrinários. O liberalismo do mercado não é autossuficiente por si mesmo. Quando está asfixiado, o káeynesianismo (intervenção do estado na economia) aparece como salva-vidas.

 A Grande Depressão nos Estados Unidos, de 1929 a 1945, foi superada com a intervenção do Estado na economia. Dito de outro modo, com a doutrina keynesiana. Os grandes excedentes de produção que as empresas registaram, pela falta de mercados de consumo, o Estado teve de comprar e armazenou-os em lugar seguro para, na eventualidade de uma quebra de mercado, intervir. Esta intervenção de Estado tem a dupla finalidade: por um lado, proteger o poder de compra das famílias e, por outro lado, proteger as empresas de uma possível deflação (a queda galopante dos preços) e das consequências devastadoras (falência e desempregos em massa).

Ainda no sufoco da crise, houve períodos em que o governo americano contratava empresas para cavarem buracos grandes e, depois, contratavam outras para taparem o mesmo buraco, no sentido de alargar a base da empregabilidade. Ora, foram soluções que os EUA tiveram de adotar para conter a crise. 


O Estado, enquanto maior gerenciador da vida colectiva, deve sempre adotar as medidas que visam a melhoria e o bem-estar das populações. Portanto, a Reserva Estratégica Alimentar é uma decisão plausível. Toda a opinião contrária é pura politiquice, daqueles que vêem no sofrimento dos angolanos o meio para chegar ao poder.



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