O general Pedro Sebastião, ex-ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, está a ser alvo de suspeitas de envolvimento no desaparecimento, há mais de duas semanas, do brigadeiro reformado das Forças Armadas Angolanas (FAA), identificado por Alberto Ernesto Landu, mais conhecido por ‘Leopardo’.
Os familiares de Alberto Ernesto Landu ‘Leopardo’, 72 anos de idade, desaparecido, desde o passado dia 9 deste mês, na comuna de Mpala, município de Mbanza Congo, província do Zaire, denunciam, além de Pedro Sebastião, os cidadãos Jacinto Rocha, presidente do Conselho de Administração da Agência dos Recursos Minerais e um indivíduo identificado apenas por Santiago, de nacionalidade chinesa, representante da empresa Lufico-Sociedade Limitada.
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Os familiares da vítima, apesar de ainda não disporem de provas materiais, deixam claro que as suas desconfianças têm fundamentação. No entanto, apontam para um homicídio arquitectado pelos denunciados e executado por desconhecidos.
Sobre a suposta certeza de se tratar de um homicídio, explicaram que, no dia do desaparecimento do brigadeiro, um indivíduo desconhecido estacionou a viatura da vítima à porta da casa deste e, depois, colocou-se em fuga.
Quando foram reparar no interior da viatura, contam as familiares, notaram manchas de sangue e até agora o militar reformado é dado como desaparecido, sem qualquer pistas.
Apesar da falta de pistas, a família tem certeza que o general Pedro Sebastião e comparsas são os principais suspeitos de mandar assassinar o brigadeiro e fazer sumir o seu corpo. “Devido a alguns conflitos que eles tiveram, acreditamos que eles o mataram e fizeram desaparecer o corpo do nosso familiar “, revelou o irmão da vítima, que preferiu anonimato.
O irmão recorda que, semanas antes do seu desapacimento, o brigadeiro tinha expulsado da sua fazenda uns chineses. Essas pessoas ficaram no espaço por dois meses sem contrato assinado. Mas, com o andar do tempo, o militar reformado manifestou o desejo de poder obter uma licença de protecção pela Agência Nacional de Minerais, exclusivamente, para a sua fazenda.
“Foi nessa altura que o meu irmão se apacebeu da tamanha maldade arquitectada pela empresa chinesa Lufico-Sociedade Lda, associada aos referidos angolanos”, avançou.
Testemunho escrito da vítima
“O senhor Jacinto Rocha, de acordo com o seu falso mapa , vendeu as riquezas da província do Zaire aos chineses, em Julho de 2021” , realçam os escritos deixados pelo brigadeiro reformado antes do desaparecimento.
O documento refere, ainda, que na mesma metade de superfície vendida, no dia 29 de Setembro do ano em curso, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás mandou chineses , acompanhado pelos cidadãos nacionais Lukombo e Pedro, que se dirigiram à fazenda, para prospecção mineira.
“Mandei-os dar meia-volta, por circularem na minha picada sem autorização”, explica no documento escrito.
Neste mesmo documento , a vítima alegou que um grupo do ex-ministro chegou a fazer disparos no ar a nível da sede comunal d Mpala, para expulsar a população das suas lavras. “Esses actos de irresponsabilidade de homens próximos ao Presidente da República são realizados em tempos próximos das eleições em Angola”, sublinhou.
A família revelou que a Polícia local e a Casa Civil têm conhecimento do desaparecimento do brigadeiro. Desde então, a família aguarda por notícias. “Até ao momento, não há pistas. Estamos agoniados com tanta demora!”, exclamou o irmão.
O irmão pediu a intervenção das entidades superiores do país, desde a Presidência da República às Forças Armadas, uma vez que se trata de um militar que deu quase toda a vida pela defesa da Pátria.
“O que a família quer é uma investigação profunda. Queremos justiça. Meu irmão desapareceu e tudo indica que estaja morto ou nas mãos de pessoas que andam armadas e se aproveitam da impunidade. Não pode ser assim”, lamenta o irmão.
Jornal O Crime
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