O novo Aeroporto Internacional Nimi A Lukeni, em Mbanza Congo, província do Zaire, tem a gestão entregue à “Sinohydro Corporation Lda” para os próximos 20 anos, sendo a mesma empresa que vai construir a infra-estrutura com um orçamento estimado em 89,9 mil milhões de kwanzas, dos quais o Governo angolano já pagou 13,5 mil milhões de kwanzas, o equivalente a 15 por cento do valor global.
O orçamento global cobre a concepção, construção, fornecimento, instalação de equipamentos e apetrechamento, que é da responsabilidade da Sinohydro Corporation Lda”, com prazo de conclusão até primeiro semestre de 2023. O nome “Nimi A Lukeni”, assim designado, é uma homenagem à dinastia fundadora do Reino do Congo, em Mbanza Congo, na província do Zaire.
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Uma fonte ligada ao processo, a que se refere o jornal “Expansão”, alega que após a conclusão da obra, a empresa chinesa vai gerir a infra-estrutura nos próximos 20 anos.
A construção do referido aeroporto Nimi A Lukeni, em Mbanza Congo, é uma exigência da UNESCO com a consagração da antiga capital do Reino do Congo como Património Cultural da Humanidade, em 2017.
A infra-estrutura tem o financiamento assegurado através do Plano de Desenvolvimento Nacional (PND) 2018-2022, e o governo já pagou o equivalente a 15 por cento do valor global da obra, ou seja, 13,5 mil milhões de kwanzas.
A empresa construtora é uma das grandes construtoras internacionais com sucursal em Angola há largos anos, onde tem várias obras adjudicadas pelo Governo e que no Verão de 2019 esteve envolvida na morte da jovem Maria Umba, de 27 anos, decapitada por um cabo eléctrico durante obras de manutenção no município de Cacuaco.
A Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA) terá a responsabilidade da torre de controlo e a Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA), a concessionária aeroportuária angolana, que está em fase de privatização, tem a responsabilidade da gestão do espaço físico, o que inclui a cobrança do estacionamento das aeronaves. Tudo o resto, e nas próximas duas décadas, será então da responsabilidade da empresa chinesa.
Parte do financiamento para a execução da obra é garantido pelo Banco Bilbao Vizcaya Argentaria S.A, de Espanha, (BBVA), no valor de 150,7 milhões de dólares.
A prestação de serviços de fiscalização será garantida pela empresa BDM - Engenharia e Construção, e o custo é o equivalente a 1,2 por cento do valor global da empreitada, ou seja, 1,1 milhões de kwanzas pagos pela SGA.
A adjudicação da obra pela Comissão de Avaliação à empresa chinesa Sinohydro é o resultado do concurso público limitado por prévia classificação lançado em 2019, de acordo com o decreto presidencial nº 139/19, de 23 de Julho.
O actual aeroporto de Mbanza Congo não tem condições para navegação aérea, a sua volta estão inúmeras residências, sendo que a vedação de arame é constantemente ultrapassada e a pista invadida por moradores que fazem por ali a travessia de um lado ao outro da velha cidade.
O início da construção da infra-estrutura aeroportuária aconteceu esta semana, com o lançamento da primeira pedra. A obra vai ser edificada na comuna do Nkiende II, a 34 quilómetros do centro da cidade de Mbanza Congo.
Quando concluído, ainda de acordo o jornal "Expansão", o novo aeroporto vai contar com uma pista de 3.500 metros de comprimento e 45 de largura, apta para a operação de aeronaves do tipo Boeing 777-300ER.
Contará com salas de embarque e desembarque para os voos domésticos e internacionais, um terminal de cargas, terminal de passageiros com uma área de 12.100 metros quadrados, com capacidade para receber 150 passageiros na hora de pico, para uma previsão de 2.000 passageiros por ano, uma torre de controlo com uma altura de 35,64 metros e instalações auxiliares.
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