Só não vê quem deliberadamente não quer que 55 anos depois de Muangai, o partido criado por Jonas Savimbi, a UNITA, revela uma incrível vitalidade. Em desporto dir-se-ia que está em “boa forma”. As imagens dos banhos de multidão que Adalberto da Costa Jùnior está a receber da população do Uíge, província onde o partido realizou o acto central do seu aniversário, testemunham exactamente essa revitalização do “galo negro”. Mas é sobretudo algo que o seu arquirrival não esperava, a avaliar pelas inúmeras ocasiões que, seja a nível militar como a nível político, procurou alvejá-la exactamente no sítio onde fica o coração, mas a organização ressuscitou qual Fénix.
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A essa perenidade que, ao longo da sua história, tem permitido à UNITA renascer de situações quase escatológicas, como decapitações e outras crises complicadíssimas, bem se poderia designar, apropriadamente, por resiliência. Ou seja, algo que cai no âmbito da teoria da resiliência aplicada à política.
Resiliência é um termo emprestado da mecânica que tem a ver com a capacidade de resistência ao choque de um material. Figurativamente, é a capacidade de defesa ou recuperação de uma pessoa ou organização humana perante factores ou condições adversos.
Um exemplo de resiliência verifica-se quando procuramos esmagar violentamente uma bola de plástico e ela recupera a forma inicial. Dependendo do grau de pressão física e processos químicos intervenientes, a bola pode apresentar deformações que, no entanto, não eliminam as suas características e finalidades primordiais.
Ora, analogamente, nota-se essa capacidade de resiliência na UNITA. Feitas as contas de perdas e ganhos, o que se passou desde a morte do seu líder-fundador a 22 de Fevereiro de 2002 foi, na realidade, a recuperação de uma lenta e hemorrágica sangria que teve o seu clímax exactamente nesse evento negro que foi como se alvejassem a organização no coração, na sua fonte de força. Pois naquela época dizia-se que Jonas Savimbi representava 80 por cento da capacidade da UNITA e que sem ele dificilmente a organização sobreviveria. A imagem que ilustra esta publicação é paradigmática dessa época e desse pensamento.
Certo é que, contra ventos e marés, a UNITA sobreviveu às pedras de tropeço que se lhe atravessaram pelo caminho ao longo dos tempos. Poderia, inclusive, ter tido o “fim” inglório da FNLA, mas está aí viva e recomendando-se.
Com Adalberto Costa Júnior como seu timoneiro, renovam-se, para os seus militantes/eleitores e para os angolanos em geral, as esperanças de alternância política em Angola.
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