Trabalhadores do terminal da Pumangol dizem serem escravos



Pouco mais de uma centena de efectivos afectos ao terminal da distribuidora privada de combustíveis, a Pumangol, se queixam.

Um grupo de mais de 100 trabalhadores do Terminal de Combustíveis da Pumangol (TCPL) protesta contra baixos salários e condições laborais degradantes a que estão submetidos, tendo declarado ao Novo Jornal que se encontram numa espécie de "escravatura moderna" naquele que é tido como o maior ponto de armazenamento de combustíveis do País.


O colectivo relatou que os funcionários têm sido submetidos a uma excessiva sobrecarga laboral, ao ponto de, em muitos casos, serem forçados a trabalhar por mais de 10 horas seguidas por dia, sem direito a descanso, enquanto os gestores usufruem deste direito que lhes é negado, o que faz os primeiros reforçarem a tese de que tem havido "uma escravatura moderna".




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Os trabalhadores, que relatam auferir ordenados entre os 100 e 200 mil kwanzas, dizem que operam numa "autêntica bomba-relógio". "Lidamos com líquidos altamente inflamáveis, que abastecem Angola inteira, e não se pode perceber como é que funcionários de alto risco ganham salários de miséria e com débeis condições de trabalho", lamentou um dos integrantes do grupo que se fez presente na nossa redacção.


Os interlocutores, que pediram omissão dos nomes por temerem represália da parte da empresa, comparam-se a operários ligados à petrolífera SONANGOL, que no referido terminal exercem a função de carregador de camiões, apenas realizam essa tarefa, enquanto "nós, os da Pumangol, temos sido "pau" para toda a obra", disse um dos visados.


Acto contínuo disse - não lhes são pagas horas extras, e o seguro de saúde não cobre todas as doenças, ao mesmo tempo que as tarifas médicas são comparticipadas entre a empresa e os trabalhadores, quando esses profissionais são mais susceptíveis a doenças cancerígenas e respiratórias.



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