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OS ARTISTAS VERSUS A SENSIBILIDADE SOCIAL-Timóteo Miranda


Os artistas que se prezam são os mensageiros da realidade "real" do seu tempo, a si se exige objectividade e um alinhamento aos princípios orientadores que possibilita o despertar e a instrução das massas. Durante a ocorrência dos grandes eventos de estado e até mesmo em situações de convulsões sociais, os artistas "também" têm servido como instrumentos mediadores entre o poder político e os movimentos sociais para a busca de resoluções viáveis para se dirimir os conflitos ou para dar o rosto numa campanha patriótica que visa a mudança de paradigmas denunciando publicamente as atrocidades e dificuldades que o regime impõe. Em pleno século XX nos anos 80 surge nos EUA uma banda de rock chamado "Guns N'Roses e lançou nesta mesma década a música Civil War que é uma canção originalmente gravada para Nobody's Child, um disco para arrecadar fundos para crianças órfãs da Romênia, e depois incluída no álbum Use Your Illusion II. É uma canção-de protesto contra as guerras, dizendo que guerras "civis" apenas "enterram os pobres enquanto alimentam os ricos". Foi com uma turnê no Japão que levaram a potência desta música e mobilizaram o mundo todo, para a luta contra as guerras. 


Eu sou daqueles que analisa que os artistas são produtos da vontade popular, ninguém consegue estar a "bater" sem a boa vontade e disponibilidade das massas, são eles que compram os quadros de pinturas, os CD'S, são eles que assistem as peças teatrais revivem os poemas e as batalhas de Spoken; vivem os momentos em cima da fome, da exclusão social, do esquecimento e da selvajaria política. Em um país como nosso, com sistemas tão fechados, unitários e sem escapatória porque o MPLA o Partido do mal tomou de assalto todo país, apontar os problemas sociais parece ser um acto de inconstitucionalidade, e isso é triste! e o mais vergonhoso é o medo que o nosso passado recente nos trás a baila como as mortes do massacre de 27 de Maio que afetou até a classe artística como os músicos renomados como David Zé com apenas 32 anos, Urbano De Castro, Arthur Nunes e tanto outros, que foram mortos por causa do ativismo político expresso nas músicas e tantos outros fazedores de opnião e artistas que exigiam internamente reformas no "EME".



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Esses actos eu associo a ganância e uma cultura herdada pelo colonialismo. Era habitual os colonos perseguirem os que cantavam e escreviam contra a administração colonial mormente a independência das colónias. Um dos casos que muitos desconhecem é do Bonga, que usou a sua liberdade e estatuto de atleta recordista para passar mensagens entre compatriotas que lutavam pela independência em Angola. Por este motivo é obrigado a fugir de Portugal para a Países Baixos, uma vez que começa a ter problemas com a polícia do Estado-Novo, a Pide.Em 1972, na Países Baixos lança o seu primeiro álbum "Angola 72", onde canta a revolução e o amor à pátria. E foi na França que prendeu a atenção do mundo. 


Waldemar Bastos tem uma história quase semelhante mas na fase pós independência. 


São poucos que hoje se ousam em reivindicar os problemas de forma directa, a maioria estão no movimento hip-hop que sempre trouxeram uma visão independente desde os anos 90 até aqui. Muitos apontam os problemas mas não apelam a responsabilização dos autores, outros até dizem: "não se meto em política" mas actuam em comícios e comem com os ditadores num país que a maioria da população vive na linha da pobreza. Não vou escrever muito, isso tudo para dizer que actualmente são poucos que dão o rosto pela causa popular mas já há uma grande tendência de alguns saltarem para o barco da mudança de consciências e a esses devemos estender os nossos braços e protegê-los do maquiavelismo do MPLA. 



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Material de apoio ( Wikipédia). 

( Atenciosamente o vosso irmão Timóteo Miranda).



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