Intervenção do Deputado Sampaio Mucanda em sede discussão do Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2022


Excelência Sr. Presidente da Assembleia Nacional


Ilustres colegas Deputadas e Deputados


Caros Auxiliares do Titular do Poder Executivo


Estamos aqui, mais uma vez, num exercício quase teatral da discussão para aprovação de um Orçamento Geral do Estado fictício, que não tem impacto na vida das populações, subindo ou não o preço barril do petróleo no mercado internacional as populações continuam na miséria.


Quando o preço do barril de petróleo fica abaixo do previsto, o Chefe do Executivo manda rever OGE, mas quando fica acima, não se justifica o diferencial e a situação económica do País continua crítica como que não houvesse excedente, que habitualmente desaparece à luz da filosofia do cabrito come onde está amarrado.




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Infelizmente muitas obras que voltaram a constar neste OGE nunca terminam outras nunca arrancam, só para citar alguns exemplos:


1. As estradas Moçâmedes/Lucira/Benguela, Bibala/Lola, Bibala/Caitou/Camucuio, Baia das Pipas, que sempre constam nos OGEs até hoje não as obras não foram concluídas;


2. A obra da estrada Moçâmedes/Virei está paralisada, pois, o empreteiro recebeu uma parte do dinheiro que não foi suficiente para dar sequência da execução da mesma e o resto do dinheiro ficou com governantes candongueiros deste País;


3. A manutenção da estrada nacional Moçâmedes/Lubango vem sempre a constar nos OGEs, infelizmente até hoje as obras não arrancam, aliás, até parece que o governo provincial ou central assinou um contracto com as populações locais para taparem os buracos em troca de pães colocando assim em risco suas vidas.


Este é mais um orçamento utópico de um executivo incompetente de resolver os problemas básicos das populações, num país em suicídio do Estado democrático de direito onde o bureau político do MPLA e o seu presidente instrumentalizam o Tribunal Constitucional para perseguir e bloquear politicamente Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku. 


Angolanas e Angolanos


Caros Compatriotas


A nossa geração não deve falhar e é desta vez que o MPLA irá para oposição para aprender como se governa bem uma sociedade.


Excelências, o Sul de Angola é rico em recursos hidrográficos, pois, tem rios permanentes e sazonais, que com políticas públicas pragmáticas viradas para a construção de barragens de retenção de água para desenvolver a agricultura, acabar-se-ia com o problema da fome, porque a política assistencialista do executivo apenas transforma o povo Sul de Angola em mendigo. Perante esta situação da fome na Região Sul concordo com a CEAST, que pede ao executivo que se decrete o estado de emergência no Sul de Angola, porque há pessoas a morrerem de fome e o executivo parece a encarar a situação de ânimo leve.  


Tenho dito!


Muito obrigado!


Namibe, 09 de Novembro de 2021.



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