Faz um ano que Sindika Dokolo morreu, uma morte que até hoje pelas circunstâncias e no contexto em que aconteceu ainda mexe com a mente de curiosos, estudiosos.
Investigadores , vasculhadores como eu, políticos, seus conhecidos, amigos e não só .
Eu mesmo desde a primeira hora que me recuso acreditar nas lendas ou seja versões postas no ar encomendadas treinadas ou não.
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Pouco conta nesta crônica verdade é que segundo um inquérito protagonizado por mim mesmo e outros amigos tais versões não convenceu nem sequer á 80% dos inquiridos entre angolanos e estrangeiros.
Mas este é assunto para outra altura, agora me preocupa saber como os seus filhos superaram a morte de seu pai ?
Uma figura afetiva tão importante para o crescimento e desenvolvimento de uma criança, morte que causou modificações e nova dinâmica na vida familiar?
NÃO TER HAVIDO MÃO CRIMINOSA NA MORTE DE SINDIKA VOU DUVIDAR SEMPRE
Se mão branca ou preta isto pouco importa, na minha opinião pessoal aquela morte não foi bem assim como se conta na lenda.
Aliás cada um tem este legítimo direito em acreditar ou duvidar no que bem entender sejam quais forem as fontes nacionais ou estrangeiras treinadas, vendidas ou compradas que ponham as versões no ar.
Quem olha bem por dentro da mortífera e inclemente vida política angolana onde vale quase tudo e até matar.
Porque afinal o sofrimento e a morte de uns alimenta outros e torna milionário não precisa fazer o somatório de tudo que já aconteceu para questionar essa morte.
Não é de hoje que ando decepcionado com os ingênuos, que acreditam em quase tudo.
Nunca questionam nada, se calhar porque nunca lhes deram a liberdade.
Nem a possibilidade para tal onde se matar, mandar matar e deixar morrer ja é quase cultura nacional, pois depois é só negociar com os homens da medicina e a versão pintada é a que ganha peso.
Quem já acompanhou outras mortes de angolanos dentro e fora do país, as circunstâncias e o tanto bizarrismo à volta delas, porque não questionar essa morte ?
Eu questiono sim é um direito que tenho contem-me quantas vezes quiserem ainda que por mil e uma vez.
Sindika descanse em paz, somos muitos os que vamos continuar a seguir as pegadas ainda existentes , batendo portas, janelas, desbravando caminhos .
Mares e terras, pois tudo se sabe dure o tempo que durar e às vezes até nem é tão difícil como à primeira vista parece...
A família em especial a Isabel e aos filhos desejo muita coragem
Estamos Juntos
Continuarei
Fernando Vumby
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