Mais de mil e 150 efectivos da Unidade Especial de Desminagem da Casa de Segurança da Presidência da República, destacados na unidade do comando do Zenza do Itombe, província do Cuanza Norte, reivindicam atraso salarial há mais de quatro meses, soube o Imparcial Press de fontes fidedignas.
Os militares, incluindo oficiais superiores e subalternos, sargentos e praças, alegam que a direcção daquele comando militar, actualmente sob responsabilidade do comandante interino, o tenente-coronel Paulo Bernardo, não responde as reclamações dos efectivos, que, por amor à Pátria, têm a árdua missão de (dia e noite) desativar engenhos explosivos.
Por isso, os militares apelam a intervenção do Presidente da República, na qualidade de Comandante em Chefe, João Manuel Gonçalves Lourenço.
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Os denunciantes das forças armadas protestam desesperadamente ao somar mais de quatro meses sem receber salários, numa altura em que enfrentam imensas dificuldades de sobrevivência. Muitos disseram a este jornal que foram expulsos das casas de renda, filhos perderam o ano lectivo por conta de dívidas acumuladas pelo atraso de seus ordenados.
"Estamos há mais de quatro meses sem os nossos vencimentos e sem pronunciamento nenhum. Os nossos filhos estão fora do ensino e com péssimas condições de vida. Tudo por questão salarial em atraso. Somos mais de 1.150 efectivos incluindo oficiais, sargentos e praças. Estamos a sofrer", clamam.
Os efectivos afectos à casa de Segurança do Presidente da República relatam, ao Imparcial Press, que as suas contas bancárias onde eram domiciliados os salários estiveram, por muito tempo, congeladas por ordem da Procuradoria Geral da República (PGR), sem que, no entanto, houvesse algum justificativo para tal bloqueio.
Algumas contas já terão sido reativadas, avançam as fontes do Imparcial Press, acrescentando que mesmo com a liberalização das coordenadas bancárias, nunca viram a cor do dinheiro.
Por outro lado, os efectivos de desmismangens afirmam que nunca cruzaram os braços para aquilo que é a sua missão, pela qual juraram pela "Bandeira da Pátria" - caçar engenhos explosivos para salvaguarda da segurança do País.
"O maior problema é que cumprimos com o nosso dever de servir a Pátria com toda dedicação e espírito de camaradagem na luta contra as minas. Mas o nosso Executivo nos olha como se fôssemos enteados dessa terra", concluíram.
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